COMO A PANDEMIA AFETA A PREVENÇÃO AO CÂNCER DE INTESTINO?

Há 1 ano e 6 meses, estamos enfrentando uma doença (COVID), até então desconhecida, que contribuiu para a perda de muitos familiares, saudáveis, e o pior para prevenir esta doença ficamos isolados do mundo e, infelizmente, deixamos de cuidar de muitos dos nossos problemas de saúde, e com isto observamos um aumento de doenças que poderiam ter sido evitadas se tivessem sido prevenidas.

Precisamos manter os cuidados, pois Covid-19 ainda continua muito prevalente e precisa ser prevenido, mas sem deixar de lado nossa conscientização a respeito de outras doenças que podem levar à perda de nossos familiares. Pensando nisso, cada mês do ano é dedicado a uma campanha de prevenção de doenças que podem ser evitadas com algumas  atitudes, por exemplo: Outubro Rosa – Prevenção ao Câncer de Mama, Novembro Azul – Prevenção ao Câncer de próstata e etc… e, nesta linha, foi escolhido o Setembro Verde como mês da prevenção ao Câncer de Intestino.

Hoje, o câncer de intestino é a segunda principal causa de morte entre as mulheres devido  ao câncer, perdendo para o câncer de mama. E no homem, é a terceira causa antecedida pelo câncer de próstata e câncer de pulmão.

Atitudes simples como mudanças de hábitos alimentares, com introdução de mais fibras na dieta, controle da obesidade, redução de carnes vermelhas, embutidos, gorduras, álcool, diminuição do sedentarismo e tabagismo podem ajudar muito nesta prevenção.

Somadas a estas  atitudes um check-up frequente, com pesquisa de sangue nas fezes e, quando indicada, uma colonoscopia pode fazer a diferença em questão de prevenção.

Vamos aderir a estas campanhas! 

Setembro Verde: como hábitos saudáveis e atenção na prevenção, é possível evitar o câncer de intestino.

câncer de intestino

Considerado o terceiro tipo de câncer mais frequente em homens (após próstata e pulmão) e o segundo entre as mulheres (após o câncer de mama), o câncer colorretal é um tumor que acomete o intestino grosso (subdividido em cólon e reto).

Esta doença está se tornando cada vez mais incidente na população brasileira. Somente no último ano, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) contabilizou a incidência de 36.360 casos, um aumento de 6% em relação a 2017.

Apesar de ser altamente prevalente em indivíduos a partir de 65 anos, nota-se também o avanço nos registros de crescimento do quadro entre os jovens. Recomenda-se o início do monitoramento preventivo da doença, por meio do exame colonoscopia, aos 45 anos. Se houver histórico na família, esse rastreamento deve ser iniciado antes, de acordo com a recomendação do coloproctologista.

Com o avanço dos casos, é inevitável o surgimento da pergunta: como é possível evitar o surgimento do câncer colorretal? Com uma alimentação adequada, rica em vegetais, controle do consumo de carne processada ou vermelha, prática regular de atividade física e check-ups anuais, é possível prevenir ou evitar o aparecimento da doença.

Pensando em conscientizar a população e desmistificar o câncer de intestino, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) promove o Setembro Verde com a campanha “Não é sorte, é prevenção e cuidado” . O objetivo é informar sobre a doença, como preveni-la adequadamente e saber que existem tratamentos eficazes para controlar a condição.

Qual é a função do intestino?

O intestino é um órgão que faz parte do sistema digestório. Em formato de tubo, ele se estende do final do estômago até o ânus. É por meio dele que o organismo absorve água, digere alimentos e nutrientes e promove a eliminação de resíduos e toxinas pelas fezes.

O órgão está dividido em duas partes: delgado e grosso. O intestino delgado une o estômago ao intestino grosso e, portanto, é maior parte do órgão, com cerca de seis a sete metros de comprimento. É nele que são absorvidos os nutrientes. O intestino grosso possui aproximadamente dois metros de comprimento e tem papel vital na absorção de água, sendo responsável por mais de 60% da água absorvida pelo organismo.

É bem possível que você já tenha escutado sobre flora intestinal, não é? Saiba que ela também faz parte do órgão e consiste em um conjunto de bactérias ao longo do intestino que contribuem para o processo digestivo e na proteção de outras bactérias vindas de alimentos.

Como cuidar do intestino e evitar o câncer colorretal?

Pode ser assustador  escutar “prevenção contra o câncer”, afinal, fatores genéticos contribuem para o desenvolvimento da doença. Mas, com a adoção de uma vida mais saudável é possível evitar o desenvolvimento da doença. Existem alguns fatores de risco que devem ser observados com atenção, entre eles:

– Alimentação deficiente em fibras e rica em carne vermelha, processados e industrializados;

– Obesidade;

– Sedentarismo;

– Tabagismo e alcoolismo.

Portanto, na prática é imprescindível manter uma dieta balanceada e rica em fibras e alimentos naturais, além disso, recomenda-se a prática de exercícios físicos pelo menos três vezes na semana, a diminuição do consumo de carnes vermelhas e álcool, além do controle do tabagismo.

Sintomas

Sangue nas fezes é o principal sinal de alerta para o câncer colorretal. Porém, outros sintomas podem ocorrer, como alterações no hábito intestinal (diarreia, intensa vontade de evacuar ou intestino lento), cólicas ou dores abdominais, dor na região anal, fraqueza, quadros de anemia e emagrecimento intenso.

Ao sentir qualquer um desses sintomas, a recomendação é buscar um especialista que irá investigar o caso e fazer o diagnóstico adequado.

A importância do diagnóstico precoce

O cuidado com a saúde também prevê a realização periódica de exames preventivos. No caso do intestino. Cerca de 90% dos casos o câncer colorretal se origina a partir de um pólipo benigno, que ao longo dos anos sofre uma evolução se tornando um tumor.

Esse é o papel da colonoscopia. Realizada por meio de um aparelho flexível que é introduzido do ânus até o intestino com o paciente devidamente sedado/anestesiado, o exame de imagem permite a visualização de todo o cólon e do reto, possibilitando dessa forma, a identificação de lesões pré-malignas e lesões em estágios iniciais.

O diagnóstico precoce é importante, porém, é fundamental estabelecer que o câncer colorretal tem tratamentos cada vez mais modernos e efetivos para cada perfil de paciente. Para os tumores menores, as lesões podem ser retiradas por colonoscopia e ressecções locais dos tumores. Já os maiores e em estados avançados também contam com opções cirúrgicas, como a laparoscopia ou as cirurgias abertas. Há ainda outras opções de tratamento, como a radioterapia e a quimioterapia.

Saiba como se prevenir do Câncer de Intestino

O câncer colorretal, apesar de ser uma doença passível de prevenção por meio do diagnóstico precoce, ainda ocupa a terceira posição entre os tumores malignos mais frequentes nos homens e o segundo entre as mulheres.

Cerca de 60% ocorrem em regiões mais desenvolvidas, sendo que a maioria dos casos são diagnosticados após os 50 anos e o risco aumenta com a idade. Vários fatores de risco são conhecidos, incluindo dieta pobre em fibra e rica em gorduras e proteínas, obesidade, sedentarismo, tabagismo, historia familiar, etilismo, doenças inflamatórias intestinais.

Um indivíduo com história familiar ou pólipos (crescimento anormal de tecido na parede interna do cólon ou do reto) pode ter o risco de desenvolver o câncer colorretal aumentado em até de 20%, e se este tumor, ou presença de adenomas (tumores benignos), for diagnosticado antes dos 45 anos o risco aumenta. Dor abdominal, sangramento intestinal, alteração do hábito intestinal, são os sintomas mais comuns, no entanto, os sintomas podem não sem manifestarem até atingirem tamanhos maiores. É preciso uma atenção maior dos profissionais da área de saúde aos sinais/sintomas de alerta, dessa forma, sendo mais assertivos ao encaminhar um paciente para rastreamento.

A colonoscopia, que é hoje é considerada “padrão ouro”, é o melhor método para identificar presença de lesões pré- malignas e câncer na fase precoce, podendo retirá-las na grande maioria dos casos, permitindo avaliação com biópsias e, se necessário, encaminhar para cirurgia.  Ela é indicada para toda a população a partir dos 50 anos.

Indivíduos com risco aumentado para o câncer de intestino (parentes de primeiro grau com adenomas, ou câncer, diagnosticados antes dos 60 anos, historia pessoal pregressa de adenomas, câncer de mama, ovário ou endométrio, portadores de colite ulcerativa ou doença de Crohn) devem ser encaminhados para rastreamento precoce.

Em caso da presença dos sintomas, dúvidas e histórico familiar, procure sempre um médico para orientação.