OS EFEITOS DO ÁLCOOL NO SISTEMA DIGESTIVO

Qualquer quantidade de etanos afeta o organismo, mas os efeitos imediatos dependem da quantidade ingerida. O uso prolongado pode causar dezenas de doenças, em todos os órgãos do corpo.

Pode comprometer o sistema neurológico, cardiovascular, hematológico, pode causar distúrbios metabólicos e vários outros.

No sistema digestivo, o álcool está relacionado ao aumento da incidência de câncer na boca, faringe, esôfago, estômago e intestino. Esta incidência, em alguns casos, pode aumentar se associado ao tabagismo.

Está também relacionado com a piora dos sintomas da doença do refluxo gastroesofágico, piorando esofagite (inflamação do esôfago), desencadeando lesões agudas da mucosa do estômago e, talvez, induzindo úlceras gástricas e varizes esofágicas secundárias. A cirrose hepática também é desencadeada pelo etanol.

Pode levar à insuficiência pancreática, precipitação de quadros inflamatórios no pâncreas e predisposição para o câncer pancreático.

Diarreia e emagrecimento são manifestações clínicas não raramente encontradas nos indivíduos que fazem uso crônico do álcool, relacionada não só com a alimentação inadequada observada nesses pacientes, consequente de alterações pancreáticas, mas também por interferência na absorção dos nutrientes como vitaminas e aminoácidos na parede intestinal.

É muito tênue o limite que separa o “bebedor social” do alcoolista crônico. Com o passar dos anos e a continuidade do hábito, a tendência natural é aumentar a quantidade, seja no volume ou na frequência, assim, sem perceber, o indivíduo ultrapassa o limiar do aceitável ou tolerável pelo seu organismo. E é assim que aparecem as consequências, inclusive instalando-se o “dano hepático” que começa como uma esteatose hepática, chegando até um quadro de cirrose hepática.

Beba com moderação!!!

Risco do consumo de Álcool entre Jovens

Risco do consumo de Álcool entre jovens

Risco do consumo de Álcool entre jovens

O álcool mata todos os anos 3,3 milhões de pessoas no mundo. Entre os jovens de 15 a 19 anos, quando analisamos as causas de morte nesse grupo, o consumo de álcool representa 5,9% de maneira direta ou indireta (acidentes, suicídios, exposição a violência sexual). O álcool está ligado à liberação de dopamina, substância que dá sensação de prazer, com o tempo o cérebro começa a associar esta sensação de prazer ao consumo de bebidas alcóolicas.

Os pais subestimam o consumo de álcool pelos jovens. Festas, baladas e reuniões sociais, muitas vezes estão associadas a um aumento progressivo do consumo de álcool. O consumo de uma média diária superior a 40g no homem e 20 g na mulher já é compatível com o desenvolvimento de doença hepática alcoólica.  Em termos práticos uma cerveja (350ml), contém de 11,2 a 22,4g de álcool. Já 1 taça de vinho (150ml) 13,2 a15,6g e 1 dose de cachaça(50ml) contém 16,4 a 20g.

O consumo de álcool antes dos 16 anos aumenta o risco de beber em excesso na idade adulta, devido ao hábito adquirido, e consequentemente as chances de problemas hepáticos.  As mulheres são mais vulneráveis, e têm maior chance de problemas com níveis de consumo mais baixos e idade mais precoce do que os homens. Como agravante, existe a tendência natural do paciente minimizar o problema ou negar o abuso do álcool, mas o diagnóstico de abuso do álcool é extremamente importante para orientar o tratamento correto.

Embora o fígado seja o principal órgão a ser lesado por meio da ingestão excessiva e continuada do etanol, vários órgãos podem ser afetados e é comum estar associado a ansiedade, depressão, traumas, sintomas gastrointestinais, supressão da medula óssea, hipertensão, problemas cardiovasculares, alterações eletrolíticas, e até mesmo a tumorações como câncer de boca, orofaringe, esôfago, próstata, pulmão, mama e ovário.

O álcool ingerido é rapidamente absorvido no trato digestivo e levado ao fígado, oxidado, e eliminado como gás carbônico e água pelos pulmões e rins. Uma das principais manifestações do uso excessivo de álcool é o fígado gorduroso (esteatose hepática) que pode evoluir para cirrose de maneira lenta, silenciosa e progressiva, se o consumo persistir.

Nem todos os pacientes que abusam do álcool desenvolvem cirrose, mas a ausência de sintomas não significa que ele não esteja causando danos em outros órgãos no corpo. O ideal é se consumir bebida, BEBA COM MODERAÇÃO.