Quando a Tosse Deve ser Avaliada pelo Gastroenterologista?

QUANDO A TOSSE DEVE SER AVALIADA PELO GASTROENTEROLOGISTA?

Tosse é um sintoma frequente nas consultas médicas, sendo que aquela com menos de três semanas de duração (tosse aguda), é mais comum devido a uma infecção aguda do trato respiratório.

As causas mais comuns de tosses crônicas incluem: infecções virais, sinusite crônica, asma, bronquiolite, doenças pleurais e refluxo gastroesofágico. 

Na presença de tosse por refluxo, muitos pacientes se queixam de sintomas como azia ou gosto amargo na boca, no entanto esses sintomas estão ausentes em mais de 40% dos pacientes nos quais a tosse é causada pelo refluxo.

FATORES IMPORTANTES

Vários fatores contribuem para a tosse no refluxo, desde o estímulo de receptores no sistema respiratório alto (laringe por exemplo), aspiração do conteúdo gástrico, reflexo da tosse induzida pelo ácido no esôfago distal. Todo paciente com tosse crônica deve ser avaliado quanto às condições cardiopulmonares, infecciosas e alérgicas.

MUDANÇA DE HÁBITOS

Diante de evidências de que a tosse seja causada pelo refluxo, você pode modificar alguns hábitos, como:

  • Elevar a cabeceira da sua cama de 15 a 30cm;
  • Evitar alimentos que agravem os sintomas com café, chocolate, álcool, hortelã-pimenta e alimentos gordurosos;
  • Diminua o cigarro;
  • Perca peso;
  • Não toma líquidos ao deitar nem junto com as refeições.

ACOMPANHAMENTO MÉDICO

Algumas pessoas podem controlar o refluxo mudando os hábitos, mas se você persiste com os sintomas e/ou estes são graves, dificuldade para engolir, dor no peito, engasgos frequentes, vômitos, inclusive vômitos de sangue, perda de peso, consulte um MÉDICO, é melhor do que ficar sempre se automedicando.

Setembro Verde: como hábitos saudáveis e atenção na prevenção, é possível evitar o câncer de intestino.

câncer de intestino

Considerado o terceiro tipo de câncer mais frequente em homens (após próstata e pulmão) e o segundo entre as mulheres (após o câncer de mama), o câncer colorretal é um tumor que acomete o intestino grosso (subdividido em cólon e reto).

Esta doença está se tornando cada vez mais incidente na população brasileira. Somente no último ano, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) contabilizou a incidência de 36.360 casos, um aumento de 6% em relação a 2017.

Apesar de ser altamente prevalente em indivíduos a partir de 65 anos, nota-se também o avanço nos registros de crescimento do quadro entre os jovens. Recomenda-se o início do monitoramento preventivo da doença, por meio do exame colonoscopia, aos 45 anos. Se houver histórico na família, esse rastreamento deve ser iniciado antes, de acordo com a recomendação do coloproctologista.

Com o avanço dos casos, é inevitável o surgimento da pergunta: como é possível evitar o surgimento do câncer colorretal? Com uma alimentação adequada, rica em vegetais, controle do consumo de carne processada ou vermelha, prática regular de atividade física e check-ups anuais, é possível prevenir ou evitar o aparecimento da doença.

Pensando em conscientizar a população e desmistificar o câncer de intestino, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) promove o Setembro Verde com a campanha “Não é sorte, é prevenção e cuidado” . O objetivo é informar sobre a doença, como preveni-la adequadamente e saber que existem tratamentos eficazes para controlar a condição.

Qual é a função do intestino?

O intestino é um órgão que faz parte do sistema digestório. Em formato de tubo, ele se estende do final do estômago até o ânus. É por meio dele que o organismo absorve água, digere alimentos e nutrientes e promove a eliminação de resíduos e toxinas pelas fezes.

O órgão está dividido em duas partes: delgado e grosso. O intestino delgado une o estômago ao intestino grosso e, portanto, é maior parte do órgão, com cerca de seis a sete metros de comprimento. É nele que são absorvidos os nutrientes. O intestino grosso possui aproximadamente dois metros de comprimento e tem papel vital na absorção de água, sendo responsável por mais de 60% da água absorvida pelo organismo.

É bem possível que você já tenha escutado sobre flora intestinal, não é? Saiba que ela também faz parte do órgão e consiste em um conjunto de bactérias ao longo do intestino que contribuem para o processo digestivo e na proteção de outras bactérias vindas de alimentos.

Como cuidar do intestino e evitar o câncer colorretal?

Pode ser assustador  escutar “prevenção contra o câncer”, afinal, fatores genéticos contribuem para o desenvolvimento da doença. Mas, com a adoção de uma vida mais saudável é possível evitar o desenvolvimento da doença. Existem alguns fatores de risco que devem ser observados com atenção, entre eles:

– Alimentação deficiente em fibras e rica em carne vermelha, processados e industrializados;

– Obesidade;

– Sedentarismo;

– Tabagismo e alcoolismo.

Portanto, na prática é imprescindível manter uma dieta balanceada e rica em fibras e alimentos naturais, além disso, recomenda-se a prática de exercícios físicos pelo menos três vezes na semana, a diminuição do consumo de carnes vermelhas e álcool, além do controle do tabagismo.

Sintomas

Sangue nas fezes é o principal sinal de alerta para o câncer colorretal. Porém, outros sintomas podem ocorrer, como alterações no hábito intestinal (diarreia, intensa vontade de evacuar ou intestino lento), cólicas ou dores abdominais, dor na região anal, fraqueza, quadros de anemia e emagrecimento intenso.

Ao sentir qualquer um desses sintomas, a recomendação é buscar um especialista que irá investigar o caso e fazer o diagnóstico adequado.

A importância do diagnóstico precoce

O cuidado com a saúde também prevê a realização periódica de exames preventivos. No caso do intestino. Cerca de 90% dos casos o câncer colorretal se origina a partir de um pólipo benigno, que ao longo dos anos sofre uma evolução se tornando um tumor.

Esse é o papel da colonoscopia. Realizada por meio de um aparelho flexível que é introduzido do ânus até o intestino com o paciente devidamente sedado/anestesiado, o exame de imagem permite a visualização de todo o cólon e do reto, possibilitando dessa forma, a identificação de lesões pré-malignas e lesões em estágios iniciais.

O diagnóstico precoce é importante, porém, é fundamental estabelecer que o câncer colorretal tem tratamentos cada vez mais modernos e efetivos para cada perfil de paciente. Para os tumores menores, as lesões podem ser retiradas por colonoscopia e ressecções locais dos tumores. Já os maiores e em estados avançados também contam com opções cirúrgicas, como a laparoscopia ou as cirurgias abertas. Há ainda outras opções de tratamento, como a radioterapia e a quimioterapia.

QUANDO O TEMA É CIRURGIA BARIÁTRICA, CONFIRA O MÍNIMO A SE SABER PARA NÃO FICAR POR FORA DO ASSUNTO

Segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, publicados em 2017, a obesidade afeta 1 em cada 5 brasileiros.

Doenças como hipertensão arterial, diabetes, apneia do sono, problemas articulares, doenças cardiovasculares podem ser desencadeadas ou agravadas pelo excesso do peso, inclusive alguns tipos de cânceres como de útero, mama e intestino grosso podem estar diretamente associados a esse vilão do século XXI.

Visando a remissão das doenças associadas, diminuição do risco de mortalidade, aumento da longevidade e melhoria da qualidade de vida, a cirurgia bariátrica é um procedimento que tem crescido de maneira substancial nos últimos anos.  

REQUISITOS MÍNIMOS PARA CANDIDATOS À CIRURGIA

Primeiramente é preciso entender o conceito de índice de massa corpórea (IMC), calculado pela divisão do peso (em quilos) pela altura (em metros) elevada ao quadrado. 

Requisitos

  • IMC acima de 40; 
  • IMC entre 35 e 40, com alguma doença associada;
  • Tentativa de perda de peso sem sucesso por pelo menos 2 anos;
  • Obesidade estável por pelo menos 5 anos; 
  • Ter entre 16 e 70 anos.

ENTENDENDO SOBRE O MECANISMO DA CIRURGIA

Os procedimentos podem ser divididos de acordo com o mecanismo de funcionamento: os restritivos, que diminuem a quantidade de alimento que o estômago é capaz de comportar, exemplo: cirurgia de gastrectomia vertical, também conhecida por “Sleeve”.

Os disabsortivos, que reduzem a capacidade de absorção dos alimentos pelo intestino, e os de técnica mista, que possuem um componente restritivo e um pequeno componente disabsortivo, tendo no bypass gástrico seu maior expoente. Cirurgias que se utilizam de técnicas puramente disabsortivas não são liberadas pelo Conselho Federal de Medicina no Brasil, devido ao grande risco de desnutrição do paciente.

Escolhendo o procedimento

De maneira simplificada sugere-se a gastrectomia vertical para pacientes com obesidade, porém com IMC mais baixo, que não possuam diabetes de difícil controle e nem doença do refluxo gastroesofageano. Outra opção é o bypass gástrico, para pacientes obesos, com IMC alto e que necessitam de um melhor controle sobre o diabetes.

Na verdade, a escolha deverá ser individualizada, ponderada e orientada pelo seu cirurgião bariátrico, contudo o paciente deve entender que ele tem participação essencial nessa decisão.

O que é gastroenterite viral?

O que é gastroenterite viral?

A gastroenterite viral é uma infecção que pode causar diarreia e vômito. Ela ocorre quando o estômago e os intestinos de uma pessoa são infectados por um vírus. 

Tanto adultos como crianças podem contrair a gastroenterite viral. O contágio acontece através do contato com uma pessoa infectada ou com uma superfície com o vírus, ou por não lavar as mãos adequadamente depois.

Quais são os sintomas da gastroenterite 

 Diarreia e vômitos são os sintomas principais, que se não forem tratados de maneira eficaz, podem levar à desidratação, sendo que, nas crianças e em idosos, tais ocorrências podem ser graves.                                  

Outros sintomas prováveis:

  • Febre;
  • Dor de cabeça ou dores musculares;
  • Dor na barriga ou cólicas;
  • Perda de apetite.

Pessoas com gastroenterite viral precisam realizar exames?

Normalmente não precisa, sendo facilmente identificada pelo seu médico, mas em alguns casos é preciso realizar:

  • Exames de sangue;
  • Testes de urina;
  • Testes em uma amostra de evacuação.

Há algo que eu possa fazer sozinho?

Sim. Pessoas com gastroenterite viral precisam beber uma quantidade de líquidos suficiente para não ficarem desidratadas. Alguns líquidos são mais eficazes contra a desidratação, crianças mais velhas e adultos podem beber bebidas esportivas e água de coco, caso consigam ingerir por via oral.

O paciente com gastroenterite viral deve evitar beber suco ou refrigerante, que podem piorar a diarreia em alguns casos. A maioria das pessoas não precisam de tratamento específico, porque os sintomas desaparecerão por conta própria. Diminua a alimentação e, se tiver fome, é melhor comer carnes magras, frutas, legumes e pães integrais e cereais. Evite comer alimentos com muita gordura ou açúcar, o que pode agravar os sintomas.

Adultos com mais de 65 anos, com presença de febre, evacuações com sangue, diarreia e vômitos persistentes, dor abdominal intensa, vômitos de sangue, sinais de desidratação, não se automedique! Procure um médico.

Afinal, o que é doença de Crohn?

doença de crohn

A Doença de Crohn é uma doença autoimune, isto é, o sistema imunológico reconhece o revestimento do trato digestivo como estranho e o ataca, causando inflamação. Esta inflamação leva ao aparecimento de úlceras e sangramentos, geralmente afetando a última parte do intestino delgado(íleo), apesar de poder afetar qualquer parte do sistema digestivo, desde a boca até o ânus.

Assim como a Retocolite Ulcerativa, a Doença de Crohn é uma patologia inflamatória intestinal, e ambas são crônicas, com ciclos repetitivos de crises intermitentes, seguido por períodos de ausência de sintomas. O padrão é variável e os surtos podem durar semanas ou meses. Para qualquer pessoa, o tratamento contínuo aumenta a chance de entrar e permanecer em remissão.

Quais são os principais sintomas? 

Os sintomas mais relatados são: dor abdominal, diarreia, fadiga, perda de peso e dor anal.

Algumas pessoas podem apresentar outros sintomas como feridas na boca, artrite, problemas oculares, fissuras e fístulas anais.

Quais são as principais causas?

Ainda são desconhecidos os motivos que levam determinados indivíduos a desenvolver a Doença de Crohn. Porém, a questão genética, ou seja, a presença de caso na família, aumenta a possibilidade de aparecimento da doença.

Qual o tratamento indicado?

A Doença de Crohn que não tem cura, mas os medicamentos podem aliviar os sintomas e ajudar a entrar em remissão. A escolha do medicamento vai depender da gravidade dos sintomas, da idade do paciente e vários outros fatores. 

A realização de cirurgia pode ser recomendada quando os medicamentos não são eficazes, ou   para tentar resolver as complicações da doença. Mas é importante ressaltar que a cirurgia também não é uma cura e, depois dela, deve-se continuar com o uso dos medicamentos.

Outras informações

– O hábito de fumar aumenta o risco de agravamento da doença.

– A Doença de Crohn aumenta o risco de câncer de intestino, dependendo do tempo da doença e da extensão do acometimento. Por isso, é recomendado rastreamento para câncer de intestino com frequência, através de exames colonoscópios.

É Possível Desenvolver Alergia Alimentar na Fase Adulta? Fique Atento aos Sintomas.

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Em primeiro lugar, precisamos deixar clara a diferença entre alergia alimentar e intolerância alimentar.

Alergia alimentar

É o conjunto de reações do organismo, devido a uma resposta imunológica anormal, que ocorre após a exposição (ingestão ou contato) de um determinado alimento. 

Intolerância alimentar  

Não se trata de uma reação alérgica e é causada pela dificuldade digestiva ou metabólica a um determinado alimento.  Intolerância alimentar está relacionada à quantidade do alimento, enquanto alergia alimentar, relacionado apenas ao seu tipo.

Ocorrência da alergia alimentar na fase adulta

Alergia alimentar é uma reação imediata, que ocorre dentro de minutos ou mesmo segundos após a ingestão. Ela pode ocorrer em qualquer idade, porém é mais comum na infância. Ainda assim, é sim possível a ocorrência em adultos, sendo que 15% dos casos de alergia alimentar acontece nessa faixa etária.

Fatores predisponentes 

  • Exposição ao pólen e sensibilização, além de presença de outras doenças alérgicas como rinite ou asma;
  • Exposições ocupacionais (inalação ou contato), podendo levar a sensibilização;       
  • Exposição cutânea à proteína do trigo hidrolisada em sabonetes faciais;
  • Mudanças repentinas na dieta para perda de peso ou com suplementação proteica, em conjunto com um novo regime de exercícios físico.

Sinais e sintomas

Os mais comuns são: Prurido, urticária, rubor, inchaço dos lábios, face ou garganta, náuseas, vômitos, cólicas, diarreia, tontura, hipotensão (queda de pressão).   A urticária aguda é, provavelmente, a manifestação cutânea mais comum, mas raramente a alergia alimentar pode ser responsável pela urticária crônica.

Alimentos causadores

Embora qualquer alimento possa causar alergia mediada por IgE, peixes e frutos do mar em geral e alimentos como amendoim e nozes, são os dois grupos que causam a maioria dos casos, responsáveis por estas reações. 

A alergia ao amendoim e nozes é comum em adultos, mas a maioria dos casos começa na infância e persiste no adulto. Como estas alergias podem ser graves, sugerimos sempre encaminhar o paciente para a avaliação de um especialista.

Ocasionalmente alguns tipos de carnes (cordeiro, porco, bovina) podem desencadear estas reações. É sempre bom lembrar que a maioria dos alérgenos alimentares são proteínas.                                                                                                                                                                      

Reações alérgicas à proteína do leite, muitas vezes complicadas pela associação da intolerância à lactose, aumentam com a idade e são mais comuns em adultos. Porém, raramente são associadas a reações adversas severas.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito através da detecção da presença de IgE específica para o alimento ou teste pele+, que indicam a possibilidade de ter alergia.

Cirrose: o Álcool não é o único vilão

Existe um mito, muito repetido, de que a Cirrose Hepática é causada única e exclusivamente pelo abuso de bebidas alcoólicas. O excesso de álcool realmente é uma das causas mais comuns da cirrose, porém não é a única! Abaixo, algumas informações que são fundamentais para entender melhor o significado, os sintomas, as causas e a prevenção desta doença.

O QUE É CIRROSE?

A cirrose é a conseqüência de uma lesão hepática crônica e persistente, levando a um endurecimento do fígado (cicatrizes), com comprometimento da sua estrutura e de seus vasos. Sempre bom lembrar que o fígado é um grande órgão, localizado no lado superior direito da barriga.

QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS DA CIRROSE?

Algumas pessoas com cirrose não apresentam sintomas, e muitas são diagnosticadas por exames laboratoriais de rotina ou de imagem. Quando os sintomas ocorrem, eles podem incluir:

  •         Inchaço na barriga e pernas;
  •         Acúmulo de líquido nos pulmões;
  •         Sangramento intenso dos vasos sanguíneos no esôfago, o tubo que conecta a boca ao estômago;
  •         Cansaço;
  •         Dificuldade para dormir o suficiente ou excesso de sono;
  •         Amarelamento da pele ou do branco dos olhos, conhecido como icterícia;
  •         Confusão mental repentina;
  •         Coma.

A cirrose também aumenta a probabilidade de infecções e o risco de câncer no fígado.

QUAIS SÃO AS CAUSAS DA CIRROSE?

Quando algo prejudica o fígado, o órgão tenta se recuperar naturalmente. Neste processo, formam-se cicatrizes. Os casos mais frequentes de danos ao fígado são causados por:

  •         Uso abusivo de álcool: Pessoas que abusam do álcool, ou que são viciadas, são mais suscetíveis à cirrose. A doença, pode ocorrer após um período médio de 5 a 10 anos de ingestão, com uma quantidade diária superior a 80g de etanol para homens e 60g para mulheres;

  •         Hepatite B ou hepatite C: São doenças causadas por vírus que acometem o fígado e podem também causar cirrose. O contágio pode ocorrer através do compartilhamento de agulhas ou em relações sexuais com pessoas infectadas;

  •         Esteato-hepatite não alcoólica (NASH): Pessoas com essa condição geralmente não bebem álcool. Os médicos não sabem ao certo o que causa a NASH, mas é comprovado o fato de que ela é mais frequente em pessoas com excesso de peso e portadores de diabetes;

  •         Induzida por fármacos: O consumo excessivo de alguns medicamentos também pode ocasionar a cirrose, por exemplo: metotrexato, isoniazida, alfametildopa, alguns anti-inflamatórios e analgésicos, entre outros.

COMO PREVENIR A CIRROSE?

  •         Evite o consumo de bebidas alcoólicas;
  •         Cuidado com uso de analgésicos como Ibuprofeno, Naproxeno e Acetominofem;
  •         Atenção ao consumo de “ervas”, chás, vitaminas e suplementos;
  •         Vacine-se contra as hepatites A e B;
  •         Cuide de seu corpo, evite o excesso de peso;
  •         Mantenha sempre uma alimentação saudável, e faça o controle periódico da glicemia (açúcar no sangue).

O que é Hérnia de hiato?

hérnia de hiato é uma doença em que uma parte do estômago se projeta para dentro do tórax, por meio de uma abertura no diafragma, chamada hiato diafragmático. O diafragma é um músculo muito importante na respiração e separa o tórax do abdome. Como a pressão dentro do tórax é negativa (para que possamos respirar sem esforço) essa subida do estômago ao tórax contribui para o refluxo de ácido do estômago para o esôfago causando vários sintomas como: azia, eructações (arrotos), dor no peito, regurgitação, náuseas e às vezes até tosse e rouquidão.

Quais as causas?

Ainda não estão claras as razões que levam uma pessoa a desenvolver hérnia de hiato, mas cientistas acreditam que este problema possa ser resultado de um enfraquecimento da musculatura com a idade (mais comum após os 50 anos), que permite que parte do estômago passe através do hiato do diafragma para o tórax. Situações que aumentem a pressão intra-abdominal, como obesidade e gravidez, também podem favorecer o desenvolvimento deste problema. 

As hérnias de hiato podem ter tamanhos variados com os sintomas sendo mais exuberantes em hérnia mais volumosas.

Como a Hérnia de Hiato é diagnosticada e tratada?

O diagnóstico é feito através do quadro clínico, auxiliado por exames complementares como o raio-x contrastado, manometria esofágica de alta resolução e a endoscopia digestiva alta.

O tratamento conservador, que envolve mudanças de hábitos alimentares e uso de medicamentos, é o mais usado. Já a cirurgia, é recomendada em situações em que os sintomas são muito intensos, quando a hérnia é muito volumosa (hérnia maiores que 5cm), e para pessoas que não obtiveram sucesso no tratamento com medicamentos para aliviar a azia e refluxo ácido. A cirurgia de reparação de hérnia hiatal é frequentemente combinada com cirurgia para a doença do refluxo gastroesofágico.

Prevenção

Abaixo, algumas recomendações que podem evitar ou dificultar o surgimento desta doença:

  • Evite alimentos gordurosos, muito condimentados e frituras; 
  • Procure não beber álcool nem bebidas gaseificadas, 
  • Não fume;
  • Evite ou diminua o consumo de café e chocolates;
  • Não consuma muito líquido durante as refeições;
  • Faça refeições menores, mais leves e mais próximas umas das outras;
  • Eleve a cabeceira da cama;
  • Evite deitar logo após as refeições.

Verdades e mentiras sobre o Omeprazol e outros “prazois”

Existem muitas teorias sobre os riscos do uso dos medicamentos mais comuns para tratar doenças do tubo digestivo, relacionadas ao excesso de acidez. Os remédios com nomes terminados em “prazol”, sendo o Omeprazol o mais conhecido, são vistos com muita desconfiança e medo por parte dos pacientes.

Muitas dúvidas e informações desencontradas

Risco aumentado de câncer, maior risco de Alzheimer, doenças dos rins e dos ossos e falta de vitaminas são algumas preocupações. Mas será que isto é verdade? Este tipo de remédio realmente oferece todos estes riscos?

Esses medicamentos, utilizados desde 1980, são muito eficazes para doenças relacionadas ao excesso de acidez (gastrite, refluxo, ulceras) e são considerados muito seguros também. Seu uso correto mudou a história do tratamento das úlceras, diminuindo a necessidade de cirurgias para reparação de perfurações, estreitamentos e sangramentos.

Mitos

Não existe nenhuma comprovação científica que associe o uso destas drogas ao aumento do risco de demência, nem da incidência de doenças renais, pneumonia ou câncer.

Fatos comprovados

O uso crônico do Omeprazol pode diminuir a absorção de vitaminas, como a B12, e magnésio, assim como o aumento da incidência de algumas infecções intestinais.

O uso correto é fundamental

O grande problema, não apenas desse tipo de medicamento, é o uso abusivo e sem critério. Há quem use algum “prazol” há anos, sem nunca ter feito ao menos um exame do estômago e sem ao menos tentar mudar seus hábitos alimentares. Qualquer remédio, se usado da forma errada e abusiva, pode causar danos à saúde. Atenção! Evite se automedicar, procure sempre uma orientação profissional.

Interações medicamentosas

Os “prazois”, administrados junto com alguns antidepressivos, anticoagulantes ou anticonvulsivantes, pode aumentar ou diminuir a ação destes, podendo levar a consequências, por tanto requer cuidado o uso conjunto com estes medicamentos.

Resumo

Confira abaixo, um resumo sobre algumas verdades e mentiras em relação ao uso do Omeprazol e similares:

  • PODEM DIMINUIR A ABSORÇÃO DE VITAMINAS – VERDADE;
  • PODEM CAUSAR DEMÊNCIA – MENTIRA;
  • PODEM PIORAR DOENÇAS RENAIS – MENTIRA;
  • PODEM AUMENTAR INCIDÊNCIA DE INFECÇÕES INTESTINAIS – VERDADE;
  • PODEM CAUSAR PNEUMONIA – MENTIRA;
  • PODEM AUMENTAR INCIDÊNCIA DE POLIPOS GÁSTRICOS – VERDADE.

Sangramento ao evacuar, devo me preocupar?

A presença de sangue vivo nas fezes deve ser encarada como um sinal de alerta. Porém, embora possa estar relacionado a problemas graves como colites, doença de Crohn ou até mesmo câncer, geralmente tem causas mais simples, como hemorroidas ou fissuras anais. Sendo assim, é fundamental consultar um especialista para um diagnóstico mais preciso sobre a causa exata deste sangramento, dando início, em seguida, ao tratamento adequado para cada caso.

Causas comuns de sangramento nas fezes

Hemorroidas

Ocorrem mais comumente em pessoas com prisão de ventre e surgem devido à dilatação dos vasos hemorroidários, geralmente provocada pelo esforço excessivo no momento defecar.

Fissura anal

As fissuras anais também são mais comuns em quem sofre de prisão de ventre, e consistem em pequenas feridas na borda anal, provocando sangramento ao evacuar. A dor é frequente, tanto durante quanto após a evacuação.

Causas mais graves de sangramento nas fezes

Embora seja mais raro, o sangramento vermelho vivo nas fezes também pode indicar a presença de alguns problemas mais graves, por exemplo:

 Diverticulite

Comum após os 40 anos. A inflamação dos divertículos intestinais pode provocar, além do sangramento, sintomas como forte dor na parte inferior do abdome, náuseas, vômito e febre.

Doenças Inflamatórias intestinais

Enfermidades como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa provocam uma inflamação intensa do intestino, causada por um desequilíbrio do sistema imune. Os sintomas mais frequentes são: sangramento, diarreia recorrente, falta de apetite, cólicas abdominais e perda de peso.

Câncer no intestino e no reto

Em alguns casos, a presença de sangue vermelho vivo nas fezes pode ser sinal de tumor no reto ou intestino grosso. No entanto, esses casos são menos frequentes e, neles, o sangramento se manifesta associado a outros sintomas mais específicos, como alterações no trânsito intestinal, sensação de peso na região anal, cansaço excessivo e perda de peso.

 

Quando devo procurar um médico?

Independentemente da causa, é importante consultar um especialista nos seguintes casos:

  • Sangramento recorrente ou com duração maior que 1 semana;
  • Aumento da quantidade de sangue nas fezes ao longo do tempo;
  • Surgimento de outros sintomas, como: dor abdominal, febre, cansaço excessivo ou perda de apetite.

Também devemos destacar a importância da realização, sob orientação médica, de exames preventivos como a colonoscopia.