O QUE APRENDEMOS NESTA PANDEMIA?

Durante estes 13-14 meses de pandemia não paramos o atendimento aos nossos pacientes e percebemos que a covid-19 trouxe uma outra doença para a população, desencadeada pela perda de entes queridos, solidão, “sensação de fim” naqueles que tiveram uma doença grave e medo de contrair a doença.

Vimos as doenças funcionais se multiplicarem (“gastrites”, síndrome do intestino irritável”, diarreias e etc). Mas vimos, também, pessoas desesperadas com diagnósticos tardios de doenças que poderiam ter sido resolvidas anteriormente.

Neste momento não há muito espaço para  temas como divertículos, úlceras, pedra na vesícula, câncer de intestino, hepatites,  pancreatite, entre outras. Todos estão esperando simplesmente a notícia que a onda “covid” acabou e tudo pode voltar ao “normal”.

NOSSOS CONSELHOS PRA VOCÊ:

O nosso primeiro conselho é que continue se alimentando bem,  mas sem usar a comida como escape dos seus problemas. Faça exercícios (podemos sim fazer exercícios em casa).

Não ponha em prática as “receitinhas” da rede social de como prevenir ou fazer  tratamento precoce de covid (ninguém tem esta fórmula). 

Aproveite os momentos com as pessoas que você gosta, sempre mantendo o distanciamento.

 E, por fim,  se você estiver tendo DIARREIAS  PERSISTENTES,  ALTERNÂNCIA  INTESTINAL, DOR ABDOMINAL QUE NÃO MELHORA, SANGUE NAS FEZES, PERDA DE APETITE, EMAGRECIMENTO ou VÔMITOS,  não se automedique esperando essa onda passar.  Procure assistência médica para se tratar. Não se arrisque.

SAIBA MAIS SOBRE A DOENÇA CELÍACA

A doença celíaca é uma doença auto-imune que afeta primariamente o trato  gastrointestinal de indivíduos geneticamente predispostos e é induzida pelo   consumo  de proteínas  presente  no trigo, centeio e na  cevada, denominadas glúten.

A forma clássica de apresentação é caracterizada por fezes gordurosas, distensão  abdominal, perda  de peso e astenia. Contudo é necessário lembrar que a diarréia ocorre  em menos de 50% dos casos.

O quadro clínico é bem variável e  depende de idade, sensibilidade e quantidade de  glúten ingerido. Pode se apresentar apenas com dor  abdominal, distensão abdominal, náuseas, vômitos, aftas orais, anemia, flatulência excessiva.

Pode  se  manifestar  com  vários  sintomas  extra- intestinais, e  destes a  anemia  é  a mais frequente. Lesões de pele como psoríase, aftas, infertilidade,alterações  endócrinas, neurológicas, hepáticas podem também  estar  presentes.

O teste considerado “padrão-ouro” no diagnóstico é a biópsia do intestino  delgado obtida  durante a endoscopia digestiva. E para completar o diagnóstico, associar o exame  sorológico.

O  tratamento consiste em excluir o glúten da dieta por toda a vida dos pacientes. É recomendável uma consulta com nutricionista no intuito de oferecer uma dieta sem  glúten, mas com nutrientes adequados. 

È  fundamental  avaliação desses pacientes  entre o  terceiro  e  sexto mês  de  diagnóstico para verificar a adesão à dieta, monitorar as complicações e os possíveis sinais de doença  auto-imune associada

SINTOMAS PÓS-COVID: SAIBA O QUE É VERDADE E O QUE É MITO.

  • Fadiga, fraqueza  e  baixa  resistência –  A  fadiga é  o sintoma  mais comum  experimentado pelos pacientes, independentemente da necessidade de hospitalização, ela pode ser  profunda e durar três meses ou mais, principalmente   entre os  sobreviventes de UTI;

  • Falta de ar – pode  persistir, resolvendo-se lentamente na maioria dos pacientes   em  dois a três meses, às vezes mais tempo;

  • Tosse crônica – pode persistir em duas a três semanas após os sintomas iniciais;

  • Desconforto no peito – desaparece lentamente;

  • Paladar e olfato – homens recuperam mais  rapidamente  o olfato do que  mulheres, principalmente nos  casos onde não houve  perda  total do olfato;

  • Psicológico – Ansiedade e depressão, são comuns após  infecção aguda  por COVID-19, estes sintomas melhoram com o tempo, mas podem  persistir por  até  três meses;

  • Sintomas  gastrointestinais/nutricionais –  Náusea e  diarreia  podem persistir e  desaparecer lentamente  após  a infecção  aguda. No entanto, pacientes  com  sintomas novos  ou progressivos, ou  sintomas que  não  estão  resolvendo, um  diagnóstico  alternativo deve  ser   considerado, requerendo investigação;

  • Perda  de peso – na  fase  aguda é  frequente, e  a  persistência   desta  perda   é multifatorial  e pode envolver  perda de apetite,  disfunção  de deglutição , paladar  e olfato  desordenado. Encorajamos os pacientes  a  fazerem  refeições pequenas  e  a  consulta nutricional  é apropriada. A  avaliação  fonoaudiológica é necessária  para pacientes  com  disfunção da  deglutição.

Doenças hepáticas e estilo de vida. Qual a ligação?

Você sabia que o seu estilo de vida está diretamente relacionado ao desenvolvimento de doenças hepáticas como a Esteatose (conhecida popularmente”como gordura do fígado”)?

SIM!!! Diretamente.

Mas quais são os pilares do estilo de vida?

Os pilares do estilo de vida são o sono, suas escolhas e preferências alimentares, prática de atividade física, habilidade em administrar o stress, conviviabilidade …..

Como estão suas escolhas alimentares?

Nas últimas décadas, podemos dizer que pioramos nossas escolhas e hábitos alimentares com o aumento do consumo de alimentos ultra processados, “fast foods”, enlatados, embutidos…..

Alguns açúcares e gorduras da dieta, particularmente a frutose, os ácidos graxos trans e saturados, demonstraram ter papel ativo no desenvolvimento da esteatose e sua progressão.

A quantidade crescente de frutose na dieta vem de aditivos de açúcar (mais comumente sacarose e xarope de milho com alto teor de frutose) em bebidas (refrigerantes, sucos de caixinha, iogurtes e bebidas lácteas) e alimentos processados (biscoitos, bolachas, bolos), estudos substanciais demonstram a ligação entre o aumento do consumo de frutose e obesidade, dislipidemia, resistência à insulina e esteatose.

Mas CUIDADO, para não deixar de consumir FRUTAS, por serem ricas em frutose, açúcar natural destes alimentos. Estamos falando da frutose em forma de xarope e modificada pela indústria. As frutas são ricas em fibras e antioxidantes, nutrientes importantissímos no controle da inflamação e da resistência a insulina, e assim no tratamento da esteatose quando consumidas em PORÇÕES adequadas. Busque informações baseadas em evidências cientificas, cuidado com dietas da moda, alimente-se com comida de verdade!

Assim por se tratar de uma doença multifatorial, o tratamento com a equipe multidisciplinar se torna fundamental para o não agravamento das lesões e comprometimento da função hepática.

Autora: Lisis Vilar – Nutricionista

Documentos Necessários:

Documentos de identificaçao pessoal com foto;
Cartão do convênio;
Guia ou autorização prévia do convênio.

PIROSE? O QUE É ISSO?

A pirose (queimação) ocorre geralmente após refeições, principalmente as copiosas e ricas em gorduras. O uso de antiácidos pode aliviar esta sensação em casos leves.

O maior problema da pirose é o comprometimento da qualidade de vida, quer profissional como social.

Dentre as causas alguns fatores são conhecidos como:

– relaxamento do “esfíncter” do esôfago inferior (anel que separa o esôfago do estômago), causado por alimentos gordurosos, doces, chocolates, café , refrigerantes, cigarro, medicamentos;

– consumo de irritantes diretos da parede de revestimento do estomago e esôfago, como cítricos, temperos, medicamentos e etc;

– aumento da pressão abdominal – exercícios, obesidade, roupas muito apertadas;

– associação a algumas doenças como diabete mellitus, uso prolongado de sonda gástrica, esclerodermia.

O papel dos distúrbios psicológicos, como fator desencadeante estes sintomas, tem sido cada vez mais valorizado, e muitas vezes têm que serem abordados para controle da sintomatologia gástrica.

FIQUE ATENTO: ALGUNS MEDICAMENTOS PODEM PROVOCAR LESÕES NO ESÔFAGO.

Vários medicamentos podem provocar dano esofágico, quando há transito esofagiano lento, entretanto o transito retardado não é condição suficiente para desencadear o dano esofágico. A forma da pílula tem influência na velocidade do transito. Pílulas pequenas, arredondadas e pesadas apresentam transito mais rápido. As cápsulas revestidas com substâncias aderentes podem permanecer mais tempo em contato com a mucosa. Fatores como tomar a pílula na posição deitada, ingestão sem (ou pouca) água, doenças pré-existentes (neurológicas, aumento do átrio esquerdo do coração, cirurgia cardíaca, estenose do esôfago..), também influenciam.

Os principais sintomas são dificuldade para engolir, dor ao engolir e dor no peito que surgem subitamente algumas horas após a ingestão do medicamento podendo durar dias ou semanas.

O diagnóstico é feito pela endoscopia com identificação de uma úlcera rasa na porção média do esôfago, com graus variáveis de inflamação. O diagnóstico diferencial inclui infecções virais, bacterianas, fúngicas, e lesões causticas. O exame histológico feito através da biopsia do local completa o diagnóstico. É indispensável suspender o medicamento e mudar o tipo de apresentação do medicamento de um comprimido para a forma líquida pode ajudar. Sempre tomar medicamentos em pé ou sentado, no mínimo dez minutos antes de deitar, com bastante água.

SANGUE OCULTO NAS FEZES. DEVO ME PREOCUPAR?

Sangue oculto pode ser pesquisado de várias formas, é preciso saber que tipo de teste foi usado para ajudar o diagnóstico. O ideal é que seja usado testes imunoquimicos, que identificam somente hemoglobina vindo do intestino grosso, não precisa se fazer uma dieta específica antes do teste, nem suspender medicamentos. O Diagnostico diferencial para sangue oculto nas fezes é extenso, inclui doenças parasitárias, úlceras, divertículos, fissura, doença hemorroidária. Ele pode ser usado para investigação de anemia, principalmente no paciente idoso. Se o paciente tem anemia por deficiência de ferro e um teste positivo, ele deveria fazer uma endoscopia digestiva e uma colonoscopia, e se não se identificar nenhuma causa que justifique, está indicado fazer uma avaliação do intestino delgado com uma cápsula endoscópica.

Se o paciente não tem anemia, e o Teste é positivo, está indicado fazer colonoscopia e a endoscopia neste caso, só se o paciente tiver queixas específicas.

 O principal uso deste teste é para o rastreamento de câncer colo retal, um tumor no intestino pode ter discretos sangramentos, muito antes de apresentar algum sintoma, mas a sensibilidade do teste não é boa para detectar pólipos benignos, que são lesões que predispõe ao câncer. Os estudos também mostram que a sensibilidade é maior para lesões do colon esquerdo do que do direito. 

O rastreamento para câncer de intestino geralmente começa a partir dos 50 anos, e antes disto na presença de história familiar. Um teste positivo já é requisito para se fazer uma colonoscopia, mas com um teste negativo não se pode afastar este diagnóstico, uma vez que sangramentos podem ser intermitentes, e muitos tumores não sangram em fase inicial.

A doença de chagas ainda é problema?

A doença de Chagas continua sendo um grave problema de saúde, especialmente nas Américas. Está presente em 21 países do continente americano, com cerca de 30.000 novos casos por ano, com 1400 mortes e 8000 recém nascidos infectados durante a gestação.

No Brasil, em 2018, foram notificados 4685 casos suspeitos de doença de Chagas agudo sendo confirmados 380 casos. É causada pela picada do barbeiro que infecta o indivíduo com suas fezes contaminadas pelo Trypanosoma cruzi.

É a quarta maior causa de morte por doenças infeciosas no Brasil na forma crônica da doença (Boletim epidemiológico SVS – MS V.50 / Nov 2019). A fase aguda da doença apresenta sinais e sintomas inespecíficos que dificultam o diagnóstico. Na fase crônica, a maioria dos pacientes permanecem assintomáticos por vários anos ou apresentarão sintomas relacionados ao órgão ou sistema atingido. Podem ser atingidos órgãos do sistema digestório e também o coração ( forma cardíaca da doença ). Os principais representantes da forma digestiva da doença de Chagas são o megaesôfago (dilatação do esofago) e o megacólon (dilatação do intestine grosso). No Brasil cerca de 8-10% dos pacientes crônicos possuem a forma digestiva da doença.

Pacientes portadores da forma digestiva apresentam uma série de sintomas relacionados a obstrução do órgão. Tanto no megaesôfago quanto no megacólon, os órgãos exibem grande dilatação e dificuldade de passagem do conteúdo alimentar por perda da mobilidade natural do órgão .

O sistema nervoso do intestino é uma complexa rede de neurônios e células “nervosas” dispostas dentro das paredes do trato gastrointestinal e tem a característica única de poder realizar suas funções de motilidade completamente independentes do sistema nervoso central. O megacólon chagásico é uma patologia caracterizada pela destruição de componentes do sistema nervoso do intestino, mediada tanto pelo processo inflamatório quanto pela infecção causada diretamente pelo T. cruzi. A ressecção cirúrgica dos segmentos do cólon acometido pela forma digestiva da doença de Chagas é um dos poucos tratamentos disponíveis a estes pacientes. No megaesôfago existem procedimentos endoscópicos que podem beneficiar os doentes em fases iniciais da dilatação do órgão; porém, nos casos mais avançados, a cirurgia também será necessária.

Gases? Você pode ter supercrescimento bacteriano.

Vários distúrbios predispõem ao supercrescimento bacteriano, são eles:      distúrbios de motilidade causados por diabetes mellitus, narcóticos, síndrome do intestino irritável, esclerodemia.

Distúrbios anatômicos– aderências, estenose, diverticulose do intestino delgado, alças intestinais cegas (pós-procedimentos cirúrgicos)

Doenças imunológicas– HIV

Diminuição do acido clorídrico gástrico– uso excessivo de inibidor de bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, lansoprazol…..)

Distúrbios metabólicos– insuficiência pancreática, cirrose, alcoolismo, idade avançada.

Este supercrescimento pode levar à má absorção de gordura, de proteínas e deficiência de vitaminas.

Sintomas: A maioria apresenta distensão abdominal, flatulência, desconforto abdominal ou diarreia aquosa crônica. As crianças apresentam dificuldade em ganhar peso.

Diagnóstico: No exame de endoscopia digestiva a aparência do intestino delgado pode estar normal. O diagnóstico é feito pelo teste respiratório de carboidratos (lactulose)

O tratamento é feito principalmente com antibióticos, e os probióticos têm mostrado algum efeito nestes casos.

COVID-19

O QUE É O CORONAVÍRUS? 

É um grupo de vírus da subfamília Orthocoronavirinae, da família Coronavirinae, e da ordem Nidovirales. O coronavírus recebeu este nome porque seu aspecto, na microscopia eletrônica, parece uma Coroa Solar.

O Corona infectando humanos foi identificado pela primeira vez na década de 60 do século passado (cepa HCoV-229E), e sabe-se que pode infectar um grande número de animais, principalmente mamíferos e aves (mas não limitados a esses, sabemos que também repteis podem ser infectados).

CORONAVÍRUS SEMPRE CAUSA INFECÇÃO GRAVE?

Nem sempre. Existem várias cepas de coronavírus que sabidamente infectam humanos. A maior parte causa infecção respiratória leve. Na verdade, o coronavírus é uma das principais causas do resfriado comum – alguns estudos apontam como a segunda causa – junto com o Rinovírus.

PACIENTE TEVE CONTATO COM PESSOA INFECTADA. ELE TERÁ SINTOMAS?

Nem sempre! Até o momento, as infecções pelo SARS-C0V-2 são 80% das vezes ASSINTOMÁTICAS ou LEVES. Apenas 15% se desenvolvem com sintomas mais intensos, necessitando do aporte de oxigênio. Os 5% restantes é que evoluem para quadros mais graves e severos, precisando de ventilação mecânica.

DURANTE QUANTO TEMPO, UM INDIVÍDUO INFECTADO PODE TRANSMITIR O VÍRUS?

Isso é muito variável! Estima-se que, até o momento, o Período de Transmissibilidade ocorra durante 0 até 7 dias após o início dos sintomas. Sendo os picos de maior transmissão entre os 3 a 5 dias da COVID-19.Entretanto, também se acredita que ocorra uma fase “pré-sintomática” de transmissão, em torno de 24 a 48h antes que os sintomas apareçam.

QUAIS SÃO AS COMPLICAÇÕES MAIS COMUNS?

Em casos mais graves, a COVID-19 pode evoluir para pneumonia leve (81% dos casos), doença grave: dispneia, hipóxia, lesão pulmonar > 50% em 24-48h (14% dos casos), doença crítica: SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), choque ou disfunção multiorgânica (5% dos casos).

QUANTO TEMPO DEPOIS UM PACIENTE TRATATO E CURADO SE RECUPERA?

Segundo a OMS, para infecções leves o tempo de recuperação médio é de 2 semanas, e para infecções mais graves, cerca de 3 a 6 semanas.

COMO PREVENIR E IMPEDIR A TRANSMISSÃO DA COVID-19?

A prevenção e a redução da velocidade de transmissão do SARS-COV-2 se baseiam no que chamamos de “etiqueta respiratória”. São medidas simples, que visam interromper as vias e a velocidade de transmissão do novo coronavírus.

Com isso, conseguimos achatar a curva de multiplicação do vírus a tempo reduzir o número de casos absorvidos pelo sistema de saúde.As medidas são: lavar as mãos com água e sabão por 20s; cobrir a boca e o nariz, ao tossir ou espirrar com lenço de papel (descartando depois) ou oferecendo barreira com o antebraço (NUNCA com as mãos!); evitar tocar os olhos, nariz e boca com as mãos, antes de lavá-las; usar álcool em gel 70% nas mãos e na desinfecção de objetos e superfícies tocados com frequência; não compartilhar objetos de uso pessoal; isolamento respiratório domiciliar e social: indivíduos sintomáticos não devem sair de casa por 15 dias, evitando locais e eventos com aglomerações; pacientes retornando de viagens no exterior, devem cumprir isolamento de 7 dias; manter distância de ao menos 1m, dentre uma pessoa e outra.

QUEM SÃO AS PESSOAS DO GRUPO DE RISCO?

Pacientes idosos maiores de 60 anos – porém, a taxa de mortalidade é maior nas faixas etárias de 70 a 79 anos (8%) e acima de 80 anos (15%); cardiopatas; diabéticos; portadores de doenças pulmonares; usuários de corticoides ou outras drogas imunossupressoras; doentes renais crônicos; crianças menores de 6 anos, gestantes e puérperas até 40 dias do parto.

COMO OCORRE A TRANSMISSÃO?

Principalmente, por gotículas respiratórias diretamente em contato com membranas mucosas, de pessoa a pessoa. No entanto, também pode ocorrer via superfícies contaminadas após uma pessoa manuseá-los e em seguida, tocar nos olhos, nariz e boca.A transmissão por pessoas assintomáticas (crianças e jovens na faixa de 20 a 29 anos) também foi descrita, porém não se sabe a extensão dessa via. Contudo, esses indivíduos devem redobrar as medidas preventivas para não aumentarem a exposição dos componentes do grupo de risco.

COMO DIAGNOSTICAMOS UM CASO DE COVID-19?O diagnóstico se dá pela detecção do RNA viral, por técnica de RT-PCR em tempo real, em amostras de secreção respiratória – colhidas apenas de pacientes sintomáticos.Habitualmente, tem-se realizado o diagnóstico diferencial com o vírus Influenza e outros vírus respiratórios. Esses exames são realizados em sua maioria nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACEN).

O QUE É CONSIDERADO UM CASO SUSPEITO DE COVID-19?

Será considerado um caso suspeito aquele com paciente apresentando FEBRE e/ou sintomas do trato respiratório inferior, que preencheram um dos seguintes itens nos 14 dias anteriores:

– Contato próximo (<2m) com caso confirmado ou suspeito, por período prolongado, sem utilização de EPI ou contato direto com as secreções respiratórias;

– Residir ou retornar de áreas onde foi relatada transmissão local ou comunitária de COVID-19;