É Possível Desenvolver Alergia Alimentar na Fase Adulta? Fique Atento aos Sintomas.

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Em primeiro lugar, precisamos deixar clara a diferença entre alergia alimentar e intolerância alimentar.

Alergia alimentar

É o conjunto de reações do organismo, devido a uma resposta imunológica anormal, que ocorre após a exposição (ingestão ou contato) de um determinado alimento. 

Intolerância alimentar  

Não se trata de uma reação alérgica e é causada pela dificuldade digestiva ou metabólica a um determinado alimento.  Intolerância alimentar está relacionada à quantidade do alimento, enquanto alergia alimentar, relacionado apenas ao seu tipo.

Ocorrência da alergia alimentar na fase adulta

Alergia alimentar é uma reação imediata, que ocorre dentro de minutos ou mesmo segundos após a ingestão. Ela pode ocorrer em qualquer idade, porém é mais comum na infância. Ainda assim, é sim possível a ocorrência em adultos, sendo que 15% dos casos de alergia alimentar acontece nessa faixa etária.

Fatores predisponentes 

  • Exposição ao pólen e sensibilização, além de presença de outras doenças alérgicas como rinite ou asma;
  • Exposições ocupacionais (inalação ou contato), podendo levar a sensibilização;       
  • Exposição cutânea à proteína do trigo hidrolisada em sabonetes faciais;
  • Mudanças repentinas na dieta para perda de peso ou com suplementação proteica, em conjunto com um novo regime de exercícios físico.

Sinais e sintomas

Os mais comuns são: Prurido, urticária, rubor, inchaço dos lábios, face ou garganta, náuseas, vômitos, cólicas, diarreia, tontura, hipotensão (queda de pressão).   A urticária aguda é, provavelmente, a manifestação cutânea mais comum, mas raramente a alergia alimentar pode ser responsável pela urticária crônica.

Alimentos causadores

Embora qualquer alimento possa causar alergia mediada por IgE, peixes e frutos do mar em geral e alimentos como amendoim e nozes, são os dois grupos que causam a maioria dos casos, responsáveis por estas reações. 

A alergia ao amendoim e nozes é comum em adultos, mas a maioria dos casos começa na infância e persiste no adulto. Como estas alergias podem ser graves, sugerimos sempre encaminhar o paciente para a avaliação de um especialista.

Ocasionalmente alguns tipos de carnes (cordeiro, porco, bovina) podem desencadear estas reações. É sempre bom lembrar que a maioria dos alérgenos alimentares são proteínas.                                                                                                                                                                      

Reações alérgicas à proteína do leite, muitas vezes complicadas pela associação da intolerância à lactose, aumentam com a idade e são mais comuns em adultos. Porém, raramente são associadas a reações adversas severas.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito através da detecção da presença de IgE específica para o alimento ou teste pele+, que indicam a possibilidade de ter alergia.

Cirrose: o Álcool não é o único vilão

Existe um mito, muito repetido, de que a Cirrose Hepática é causada única e exclusivamente pelo abuso de bebidas alcoólicas. O excesso de álcool realmente é uma das causas mais comuns da cirrose, porém não é a única! Abaixo, algumas informações que são fundamentais para entender melhor o significado, os sintomas, as causas e a prevenção desta doença.

O QUE É CIRROSE?

A cirrose é a conseqüência de uma lesão hepática crônica e persistente, levando a um endurecimento do fígado (cicatrizes), com comprometimento da sua estrutura e de seus vasos. Sempre bom lembrar que o fígado é um grande órgão, localizado no lado superior direito da barriga.

QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS DA CIRROSE?

Algumas pessoas com cirrose não apresentam sintomas, e muitas são diagnosticadas por exames laboratoriais de rotina ou de imagem. Quando os sintomas ocorrem, eles podem incluir:

  •         Inchaço na barriga e pernas;
  •         Acúmulo de líquido nos pulmões;
  •         Sangramento intenso dos vasos sanguíneos no esôfago, o tubo que conecta a boca ao estômago;
  •         Cansaço;
  •         Dificuldade para dormir o suficiente ou excesso de sono;
  •         Amarelamento da pele ou do branco dos olhos, conhecido como icterícia;
  •         Confusão mental repentina;
  •         Coma.

A cirrose também aumenta a probabilidade de infecções e o risco de câncer no fígado.

QUAIS SÃO AS CAUSAS DA CIRROSE?

Quando algo prejudica o fígado, o órgão tenta se recuperar naturalmente. Neste processo, formam-se cicatrizes. Os casos mais frequentes de danos ao fígado são causados por:

  •         Uso abusivo de álcool: Pessoas que abusam do álcool, ou que são viciadas, são mais suscetíveis à cirrose. A doença, pode ocorrer após um período médio de 5 a 10 anos de ingestão, com uma quantidade diária superior a 80g de etanol para homens e 60g para mulheres;

  •         Hepatite B ou hepatite C: São doenças causadas por vírus que acometem o fígado e podem também causar cirrose. O contágio pode ocorrer através do compartilhamento de agulhas ou em relações sexuais com pessoas infectadas;

  •         Esteato-hepatite não alcoólica (NASH): Pessoas com essa condição geralmente não bebem álcool. Os médicos não sabem ao certo o que causa a NASH, mas é comprovado o fato de que ela é mais frequente em pessoas com excesso de peso e portadores de diabetes;

  •         Induzida por fármacos: O consumo excessivo de alguns medicamentos também pode ocasionar a cirrose, por exemplo: metotrexato, isoniazida, alfametildopa, alguns anti-inflamatórios e analgésicos, entre outros.

COMO PREVENIR A CIRROSE?

  •         Evite o consumo de bebidas alcoólicas;
  •         Cuidado com uso de analgésicos como Ibuprofeno, Naproxeno e Acetominofem;
  •         Atenção ao consumo de “ervas”, chás, vitaminas e suplementos;
  •         Vacine-se contra as hepatites A e B;
  •         Cuide de seu corpo, evite o excesso de peso;
  •         Mantenha sempre uma alimentação saudável, e faça o controle periódico da glicemia (açúcar no sangue).

Verdades e mentiras sobre o Omeprazol e outros “prazois”

Existem muitas teorias sobre os riscos do uso dos medicamentos mais comuns para tratar doenças do tubo digestivo, relacionadas ao excesso de acidez. Os remédios com nomes terminados em “prazol”, sendo o Omeprazol o mais conhecido, são vistos com muita desconfiança e medo por parte dos pacientes.

Muitas dúvidas e informações desencontradas

Risco aumentado de câncer, maior risco de Alzheimer, doenças dos rins e dos ossos e falta de vitaminas são algumas preocupações. Mas será que isto é verdade? Este tipo de remédio realmente oferece todos estes riscos?

Esses medicamentos, utilizados desde 1980, são muito eficazes para doenças relacionadas ao excesso de acidez (gastrite, refluxo, ulceras) e são considerados muito seguros também. Seu uso correto mudou a história do tratamento das úlceras, diminuindo a necessidade de cirurgias para reparação de perfurações, estreitamentos e sangramentos.

Mitos

Não existe nenhuma comprovação científica que associe o uso destas drogas ao aumento do risco de demência, nem da incidência de doenças renais, pneumonia ou câncer.

Fatos comprovados

O uso crônico do Omeprazol pode diminuir a absorção de vitaminas, como a B12, e magnésio, assim como o aumento da incidência de algumas infecções intestinais.

O uso correto é fundamental

O grande problema, não apenas desse tipo de medicamento, é o uso abusivo e sem critério. Há quem use algum “prazol” há anos, sem nunca ter feito ao menos um exame do estômago e sem ao menos tentar mudar seus hábitos alimentares. Qualquer remédio, se usado da forma errada e abusiva, pode causar danos à saúde. Atenção! Evite se automedicar, procure sempre uma orientação profissional.

Interações medicamentosas

Os “prazois”, administrados junto com alguns antidepressivos, anticoagulantes ou anticonvulsivantes, pode aumentar ou diminuir a ação destes, podendo levar a consequências, por tanto requer cuidado o uso conjunto com estes medicamentos.

Resumo

Confira abaixo, um resumo sobre algumas verdades e mentiras em relação ao uso do Omeprazol e similares:

  • PODEM DIMINUIR A ABSORÇÃO DE VITAMINAS – VERDADE;
  • PODEM CAUSAR DEMÊNCIA – MENTIRA;
  • PODEM PIORAR DOENÇAS RENAIS – MENTIRA;
  • PODEM AUMENTAR INCIDÊNCIA DE INFECÇÕES INTESTINAIS – VERDADE;
  • PODEM CAUSAR PNEUMONIA – MENTIRA;
  • PODEM AUMENTAR INCIDÊNCIA DE POLIPOS GÁSTRICOS – VERDADE.

Sangramento ao evacuar, devo me preocupar?

A presença de sangue vivo nas fezes deve ser encarada como um sinal de alerta. Porém, embora possa estar relacionado a problemas graves como colites, doença de Crohn ou até mesmo câncer, geralmente tem causas mais simples, como hemorroidas ou fissuras anais. Sendo assim, é fundamental consultar um especialista para um diagnóstico mais preciso sobre a causa exata deste sangramento, dando início, em seguida, ao tratamento adequado para cada caso.

Causas comuns de sangramento nas fezes

Hemorroidas

Ocorrem mais comumente em pessoas com prisão de ventre e surgem devido à dilatação dos vasos hemorroidários, geralmente provocada pelo esforço excessivo no momento defecar.

Fissura anal

As fissuras anais também são mais comuns em quem sofre de prisão de ventre, e consistem em pequenas feridas na borda anal, provocando sangramento ao evacuar. A dor é frequente, tanto durante quanto após a evacuação.

Causas mais graves de sangramento nas fezes

Embora seja mais raro, o sangramento vermelho vivo nas fezes também pode indicar a presença de alguns problemas mais graves, por exemplo:

 Diverticulite

Comum após os 40 anos. A inflamação dos divertículos intestinais pode provocar, além do sangramento, sintomas como forte dor na parte inferior do abdome, náuseas, vômito e febre.

Doenças Inflamatórias intestinais

Enfermidades como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa provocam uma inflamação intensa do intestino, causada por um desequilíbrio do sistema imune. Os sintomas mais frequentes são: sangramento, diarreia recorrente, falta de apetite, cólicas abdominais e perda de peso.

Câncer no intestino e no reto

Em alguns casos, a presença de sangue vermelho vivo nas fezes pode ser sinal de tumor no reto ou intestino grosso. No entanto, esses casos são menos frequentes e, neles, o sangramento se manifesta associado a outros sintomas mais específicos, como alterações no trânsito intestinal, sensação de peso na região anal, cansaço excessivo e perda de peso.

 

Quando devo procurar um médico?

Independentemente da causa, é importante consultar um especialista nos seguintes casos:

  • Sangramento recorrente ou com duração maior que 1 semana;
  • Aumento da quantidade de sangue nas fezes ao longo do tempo;
  • Surgimento de outros sintomas, como: dor abdominal, febre, cansaço excessivo ou perda de apetite.

Também devemos destacar a importância da realização, sob orientação médica, de exames preventivos como a colonoscopia.

Afinal, o que é H. Pylori?

o que é H. PILORY

H. Pylori é uma bactéria que está presente no estômago de mais de 50% da população mundial. Nos países em desenvolvimento, pode ser encontrada em 80 a 90% da população. Já nos países desenvolvidos, em menos que 40%.

A transmissão desta bactéria ocorre, provavelmente, pelo consumo de alimento ou água contaminada com matéria fecal. Por outro lado, a transmissão de pessoa para pessoa também tem sido sugerida, pois as grandes aglomerações humanas facilitam este tipo de infecção.

O H. pylori causa alterações no sistema digestivo, provocando a liberação de certas enzimas e toxinas que podem agredir, direta ou indiretamente, as células do estômago e duodeno (primeira parte do intestino delgado), causando inflamação crônica nas paredes destes órgãos e tornando-os mais vulneráveis aos danos causados pelos sucos digestivos e pelo ácido gástrico. O percentual de infecção é semelhante para homens e mulheres, e o período de maior aquisição da bactéria é a infância.

Sintomas de uma possível infecção por H. PYLORI

A grande maioria das pessoas infectadas não chega a apresentar sintomas e nunca desenvolverá problemas. No entanto, o H. pylori é capaz de causar uma série de complicações digestivas, inclusive úlceras e, muito menos comumente, câncer de estômago.  Também são relatados sintomas como: Desconforto abdominal, náuseas, empachamento, falta de apetite, e até mesmo sangramentos. Não está claro o motivo pelo qual algumas pessoas desenvolvem estes problemas e outras não.

É incomum desenvolver câncer como resultado da infecção por H. pylori. Porém, como o número de pessoas infectadas no mundo é muito alto, a bactéria acaba sendo considerada, estatisticamente, uma importante causa de câncer de estômago.

Existem vários exames para diagnosticar a infecção por H. pilory, mas em nosso meio, a endoscopia digestiva, com biopsia da mucosa gástrica, é o mais utilizado.

Se a pessoa não apresentar sintomas, não é recomendado fazer um exame só para pesquisar se está ou não infectado pelo H. pilory, exceto em casos onde exista um histórico familiar de câncer

de estômago.

Qualquer pessoa diagnosticada deve ser tratada, mas até 20% dos pacientes com infecção por H. pilory não são curados após o primeiro ciclo de tratamento, necessitando de uma segunda etapa. A partir de quatros semanas após concluir o tratamento, é recomendada a repetição do exame para garantir que a infecção tenha sido completamente resolvida.

A recorrência do H. pylori após uma erradicação bem-sucedida é rara.

Saiba como se prevenir do Câncer de Intestino

O câncer colorretal, apesar de ser uma doença passível de prevenção por meio do diagnóstico precoce, ainda ocupa a terceira posição entre os tumores malignos mais frequentes nos homens e o segundo entre as mulheres.

Cerca de 60% ocorrem em regiões mais desenvolvidas, sendo que a maioria dos casos são diagnosticados após os 50 anos e o risco aumenta com a idade. Vários fatores de risco são conhecidos, incluindo dieta pobre em fibra e rica em gorduras e proteínas, obesidade, sedentarismo, tabagismo, historia familiar, etilismo, doenças inflamatórias intestinais.

Um indivíduo com história familiar ou pólipos (crescimento anormal de tecido na parede interna do cólon ou do reto) pode ter o risco de desenvolver o câncer colorretal aumentado em até de 20%, e se este tumor, ou presença de adenomas (tumores benignos), for diagnosticado antes dos 45 anos o risco aumenta. Dor abdominal, sangramento intestinal, alteração do hábito intestinal, são os sintomas mais comuns, no entanto, os sintomas podem não sem manifestarem até atingirem tamanhos maiores. É preciso uma atenção maior dos profissionais da área de saúde aos sinais/sintomas de alerta, dessa forma, sendo mais assertivos ao encaminhar um paciente para rastreamento.

A colonoscopia, que é hoje é considerada “padrão ouro”, é o melhor método para identificar presença de lesões pré- malignas e câncer na fase precoce, podendo retirá-las na grande maioria dos casos, permitindo avaliação com biópsias e, se necessário, encaminhar para cirurgia.  Ela é indicada para toda a população a partir dos 50 anos.

Indivíduos com risco aumentado para o câncer de intestino (parentes de primeiro grau com adenomas, ou câncer, diagnosticados antes dos 60 anos, historia pessoal pregressa de adenomas, câncer de mama, ovário ou endométrio, portadores de colite ulcerativa ou doença de Crohn) devem ser encaminhados para rastreamento precoce.

Em caso da presença dos sintomas, dúvidas e histórico familiar, procure sempre um médico para orientação.

Risco do consumo de Álcool entre Jovens

Risco do consumo de Álcool entre jovens

Risco do consumo de Álcool entre jovens

O álcool mata todos os anos 3,3 milhões de pessoas no mundo. Entre os jovens de 15 a 19 anos, quando analisamos as causas de morte nesse grupo, o consumo de álcool representa 5,9% de maneira direta ou indireta (acidentes, suicídios, exposição a violência sexual). O álcool está ligado à liberação de dopamina, substância que dá sensação de prazer, com o tempo o cérebro começa a associar esta sensação de prazer ao consumo de bebidas alcóolicas.

Os pais subestimam o consumo de álcool pelos jovens. Festas, baladas e reuniões sociais, muitas vezes estão associadas a um aumento progressivo do consumo de álcool. O consumo de uma média diária superior a 40g no homem e 20 g na mulher já é compatível com o desenvolvimento de doença hepática alcoólica.  Em termos práticos uma cerveja (350ml), contém de 11,2 a 22,4g de álcool. Já 1 taça de vinho (150ml) 13,2 a15,6g e 1 dose de cachaça(50ml) contém 16,4 a 20g.

O consumo de álcool antes dos 16 anos aumenta o risco de beber em excesso na idade adulta, devido ao hábito adquirido, e consequentemente as chances de problemas hepáticos.  As mulheres são mais vulneráveis, e têm maior chance de problemas com níveis de consumo mais baixos e idade mais precoce do que os homens. Como agravante, existe a tendência natural do paciente minimizar o problema ou negar o abuso do álcool, mas o diagnóstico de abuso do álcool é extremamente importante para orientar o tratamento correto.

Embora o fígado seja o principal órgão a ser lesado por meio da ingestão excessiva e continuada do etanol, vários órgãos podem ser afetados e é comum estar associado a ansiedade, depressão, traumas, sintomas gastrointestinais, supressão da medula óssea, hipertensão, problemas cardiovasculares, alterações eletrolíticas, e até mesmo a tumorações como câncer de boca, orofaringe, esôfago, próstata, pulmão, mama e ovário.

O álcool ingerido é rapidamente absorvido no trato digestivo e levado ao fígado, oxidado, e eliminado como gás carbônico e água pelos pulmões e rins. Uma das principais manifestações do uso excessivo de álcool é o fígado gorduroso (esteatose hepática) que pode evoluir para cirrose de maneira lenta, silenciosa e progressiva, se o consumo persistir.

Nem todos os pacientes que abusam do álcool desenvolvem cirrose, mas a ausência de sintomas não significa que ele não esteja causando danos em outros órgãos no corpo. O ideal é se consumir bebida, BEBA COM MODERAÇÃO.

A Halitose, popularmente conhecida como MAU HÁLITO, é realmente um problema Gástrico?

Gastro Clínica Uberlândia

A Halitose é um transtorno que pode causar muito incômodo para o indivíduo, principalmente em suas interações e relacionamentos sociais. O interessante é que sua ocorrência, em 47% a 90% dos casos tem origem decorrente de problemas intra-orais, tais como: má higiene  oral, boca seca e saliva espessa, que levam à colonização das vias orais por bactérias que produzem compostos sulforados.

A Halitose também é provocada por problemas extra-orais, causados por eventos passageiros, como uso de medicamentos (ex: alguns antidepressivos), secundária a algumas doenças não controladas (ex: depressão, Insuficiência renal), e alimentos (alho, cebola, couve flor, brócolis, gorduras).

Existem várias dietas que podem comprometer a qualidade do seu hálito. Um fator bastante comum é quando se busca a perda de peso, com a diminuição importante da ingestão de carboidratos, ou o aumento do jejum, ocorre um aumento da produção de corpos cetônicos, substâncias que deixam o sangue ácido, ou seja, com o PH mais baixo do que o normal, culminando com um hálito com odor desagradável.

Outra causa importante, é a dieta rica de proteínas, estas dietas contribuem para um PH alcalino propício para o desenvolvimento das bactérias formadoras de mau odores. Proteínas de origem animal, como carnes, ovos, leite e derivados, favorecem a formação de saliva mais espessa. Dietas líquidas devido a ausência de mastigação pode dificultar a produção de saliva. Dietas veganas, sem acompanhamento podem levar a déficit nutricionais como de vitamina B12 , D, Cálcio e Zinco, que são também importantes para saliva, dentes, ossos, gengivas.

Dentre as causas patológicas da halitose, estão as doenças periodontais, feridas da boca, as amigdalites, faringite, sinusite, tumores do trato digestivo alto.  A doença do refluxo gastro-esofágico e a presença de H.pylori também podem estar relacionadas com o odor bucal.

Sendo assim, o mais importante no controle da halitose é manter uma higiene bucal adequada, e ter uma dieta balanceada para o organismo.

Apesar de existir um senso comum de que a Halitose é causada por distúrbios ou doenças do trato gastrointestinal, vimos que a grande maioria das suas causas não tem relação direta com esses fatores.

Por isso é sempre importante, quando tiver dúvidas, procurar um profissional para te orientar.

O papel da alimentação no combate aos problemas no estômago

problemas no estômago

Quem nunca reclamou de uma queimação ou um incômodo estomacal depois de exagerar na alimentação do fim de semana? Sintomas como azia e queimação são muito comuns e fazem parte do vocabulário das pessoas, especialmente dos adultos. O cafezinho, a feijoada, a cervejinha… todos conhecemos bem o desconforto causado pela comida que não caiu bem. Mas, quando esses sinais tornam-se frequentes é preciso ficar alerta para doenças que podem prejudicar seriamente a nossa saúde.

Quando falamos em má alimentação, percebemos que depois dos 25 anos, o corpo começa a mudar. Você já deve ter notado que não tem mais facilidade para perder os quilinhos que ganhou em uma viagem ou as medidas extras acrescentadas em um fim de semana. A verdade é que os quilos a mais não são o problema principal que a má alimentação causa no organismo.

Além deles, os maus hábitos alimentares vêm acompanhados de colesterol alto, gastrite, má digestão e até problemas mais graves como refluxo e, em longo prazo, diabetes. Sair da linha de vez em quando – uma ou duas vezes por mês – não é problema, desde que uma alimentação saudável e exercícios físicos sejam parte constante da rotina.

Os problemas de estômago podem ser intensificados quando comemos alguns alimentos, como é o caso dos laticínios e alguns vegetais como brócolis e couve-flor. Deve-se evitar também alimentos gordurosos e ácidos que podem aumentar o suco gástrico do estômago, como é o caso da mexerica, laranja, abacaxi, vinagre e café.

Para um bom planejamento alimentar faça escolhas inteligentes:

 

GRUPO DAS FRUTAS – Consumir frutas regionais, da época, variar os tipos. Prefira sucos sem açúcar. Consumir frutas, quando possível, com casca e bagaço.

GRUPO DO LEGUMES E VERDURAS: Variar preparações cruas e cozidas. Cozinhar os alimentos com pouca água e no vapor. Preparar molhos naturais utilizando tomate e temperos frescos. Não se esquecer das folhas verdes-escuras

GRUPO CARNES E OVOS – Preferir carne magras, retire as gorduras aparentes e as peles das aves. Consumir peixe pelo menos uma vez por semana. Preferir ovos cozidos aos fritos. Optar pelas carnes assadas e grelhadas. É importante evitar alimentos embutidos como salsicha e linguiça.

GRUPO ÓLEOS E GORDURAS – Preferir azeite e óleos vegetais à gorduras animais.

GRUPO AÇÚCAR E DOCES – Usar pouco açúcar nas preparações culinárias e evitar adoçar bebidas como sucos, vitaminas, café e chá.

Lembre-se de sempre procurar orientação médica especializada. O gastroenterologista vai tratar melhor sua condição e tirar todas as dúvidas.

Endoscopia na gravidez, preciso me preocupar?

Endoscopia na gravidez

Antes de falarmos sobre a endoscopia durante a gravidez, precisamos entender o que é esse procedimento e como ele é realizado.

Então vamos lá, a endoscopia é um exame no qual um fino tubo, chamado endoscópio, é introduzido através da boca até ao estômago, para permitir observar as paredes de órgãos como o esôfago, o estômago e o início do intestino. Assim, é um exame muito utilizado para tentar identificar uma causa para algum desconforto abdominal que dura há muito tempo, com sintomas como dor, náusea, vômitos, queimação, refluxo ou dificuldade para engolir, por exemplo.

Como é o procedimento?

Durante o exame, a pessoa normalmente fica deitado de lado e coloca um anestésico na garganta, para diminuir a sensibilidade do local e facilitar a passagem do endoscópio. Devido ao uso do anestésico o exame não dói, e em alguns casos também podem ser usados sedativos para fazer o paciente relaxar e dormir.

Um pequeno tubo de plástico é colocado na boca para que ela se mantenha aberta durante todo o procedimento, e para facilitar a passagem do endoscópio e melhorar a visualização, o médico libera ar através do aparelho, o que depois de alguns minutos pode causar sensação de estômago cheio.

As imagens obtidas durante o exame podem ser gravadas, e durante o mesmo procedimento o médico pode retirar pólipos, colher material para biópsia ou aplicar medicamentos no local.

Posso fazer endoscopia se estiver grávida? Preciso me preocupar?

Quando indicado pelo/a médico/a, o exame de endoscopia pode ser realizado durante a gravidez, sim. E não precisa se preocupar, ele não é prejudicial ao bebê e nem leva riscos para a gestante.

Mas exige cuidados. A má administração de medicamentos sedativos, que, quando feita incorretamente, pode fazer mal ao feto. A presença de um anestesista é importante para assegurar a saúde de ambos. Além disso, o jejum deve ser respeitado à risca pela mãe, para evitar refluxos ou aspiração do conteúdo gástrico durante o procedimento, já que o útero estará ocupando uma grande parte da cavidade abdominal.

Como já dissemos, a endoscopia durante a gravidez, pode ser feita se tiver uma forte indicação, mas sempre que possível evitar no primeiro trimestre de gravidez, pela não segurança do uso das drogas de sedação neste período. Sempre fazer com monitoramento materno- fetal.

Concluindo

Se você estiver amamentando, espere pelo menos 4 hrs após o procedimento, depois deste tempo, esvazie o peito, e então pode começar a amamentação normal.