INTOXICAÇÃO ALIMENTAR – O que pode ajudar

A intoxicação alimentar ocorre após o consumo de água ou alimentos contaminados por fungos ou bactérias, desencadeando sintomas como vômitos, náuseas, desidratação, dor de cabeça e diarreia. Ingestão de muito líquido, consumo de uma alimentação leve e pobre em gorduras pode ajudar no restabelecimento do organismo, favorecendo a eliminação das toxinas e aliviando os sintomas.

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CUIDADO COM O CONSUMO FREQUENTE DE LAXANTES

Ninguém gosta e nem deve sofrer de prisão de ventre. Para amenizar o problema, uma opção utilizada por muitos pacientes que sofrem com a constipação intestinal é o uso de laxantes. No entanto, o consumo indiscriminado desse tipo de medicamento, sem orientação de um profissional , pode levar à “diminuição de sensibilidade” da parede do intestino, desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos, que ocorrem quando o paciente perde quantidade significativa de líquidos corporais e, consequentemente, de eletrólitos, que são os minerais responsáveis por carregar carga elétrica quando dissolvidos em líquido.

Portanto, nem mesmo um laxante deve ser consumido sem orientação de um especialista. Não ignore a constipação intestinal, mas também não se automedique, sobretudo, com frequência.

TODA VEZ QUE CONSOME BEBIDA ALCOÓLICA SOFRE DE AZIA?

Pois é, o álcool pode ser um fator bastante agressivo para o nosso estômago, favorecendo o refluxo gastroesofágico.

Para evitar incômodos, a dica é nunca beber de estômago vazio. Belisque alguma coisa, um aperitivo, enquanto saboreia seus drinks ou faça uma refeição leve antes de começar a beber. Consumir alcoól durante as refeições mais pesadas também não é uma boa e, claro, mesmo em dias de festas e comemorações, procure não exagerar na quantidade ingerida.

Caso você já tenha um problema gástrico ou apresente alguma alteração recorrente, é necessário consultar um gastroenterologista para que ele oriente o seu caso em específico. E, beba com moderação!

SAIBA MAIS SOBRE OS ALIMENTOS QUE PRODUZEM GASES.

Alimentos que mais produzem gases, os chamados FODMAPS, são alimentos mal absorvidos pelo organismo e, com isso, sujeito à fermentação, podendo causar desconforto abdominal em algumas pessoas:

FODMAPONDE ENCONTRAR?
Monossacarídeos (frutose)Xarope de milho, mel, néctar de agave, maçã, pera, manga, aspargos, cereja, melancia, sucos de fruta, ervilha.
Dissacarídeos (lactose)Leite de vaca, leite de cabra, leite de ovelha, soverte, iogurte, nata, creme, queijo ricota e cottage.
Oligossacarídeos (fructans)Cebola, alho, alho-poró, trigo, cuscuz, farinha, massa, centeio, caqui, melancia, chicória, dente-de-leão, alcachofra, beterraba, aspargos, cenoura vermelha, quiabo, chicória com folhas vermelhas, couve
Oligossacarídeos Lentilhas , grãos de bico , grãos enlatados, feijão, ervilha, grãos integrais de soja.
PolióisXilitol, manitol, sorbitol, glicerina, maçã, damasco, pêssego, nectarina, pêra, ameixa, cereja, abacate, amora, lichia, couve-flor, cogumelos.

Se você apresenta desconforto abdominal, muitos gases, sensibilidade abdominal, observe se não está consumindo muito destes alimentos.

Não se deve retirar todos de uma vez, devemos retirar por grupo um período de 6 a 8 semanas e observar se existe melhora no desconforto abdominal, para tentar identificar se algum alimento está sendo responsável pelo quadro.

VAMOS FALAR SOBRE CÁLCULOS BILIARES?

Várias condições podem favorecer o aparecimento de cálculos biliares, alguns fatores são não-evitáveis, como: idade, sexo feminino, fatores genéticos e etnia.

Outros fatores podem ser evitáveis, como obesidade, perda rápida de peso (natural ou cirúrgica), gravidez e multiparidade, hipertrigliceridemia, uso de hormônios femininos, diabetes, hiperinsulinemia, fumo, sedentarismo.

Cerca de 60 a 80% dos portadores de cálculos são assintomáticos e não requerem tratamento, exceto em condições de risco.

Náuseas e vômitos são sintomas principais e caracterizam a cólica biliar. Após o primeiro episódio de cólica, a chance de recorrência dos sintomas é de 70%. O risco de complicações como colecistite (inflamação da vesícula), colangite (inflamação dos canais biliares) e pancreatite, aumentam progressivamente após o primeiro episódio de dor. Presença de febre, coloração amarelada nos olhos e urina (icterícia), indica complicações.

O diagnóstico é feito principalmente por ultrassom e tomografia do abdome. Não existe consenso sobre qual a conduta mais adequada nos quadros assintomáticos, mas a maioria prefere não operar preventivamente pacientes sem sintomas específicos. Nos casos sintomáticos, a cirurgia constitui o tratamento de escolha e pode ser realizada por videolaparoscopia.

SAIBA MAIS SOBRE A GASTRITE.

Gastrite é uma inflamação das paredes do estômago, e pode se apresentar com queimação, inchaço da barriga, arrotos, vômitos, náuseas, sensação que comeu demais, mal estar abdominal ou ser totalmente assintomática.

Vários fatores podem levar ao desenvolvimento de uma inflamação no revestimento da parede do estômago. 

As gastrites agudas, muitas vezes sem diagnóstico, uma vez que são transitórias, de aparecimento súbito e de curta duração. Podem ser causadas pelo uso frequente de anti-inflamatórios (como ibuprofeno, nimesulida, aspirina e outros), pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas, comidas picantes,  gordurosas e estresse. Pode se apresentar com erosões (pequenas feridas), áreas avermelhadas ou áreas mais pálidas, hemorragias localizadas visualizadas na endoscopia digestiva.

A gastrites crônica, que é uma doença essencialmente diagnosticada pela biópsia da parede do estômago, tem como causa principal o H-pylori, mas pode ser causada por doenças autoimunes, e formas especiais de gastrite causados por irritantes químicos como bile, irradiação, glúten, drogas, alergia alimentar, bactérias, vírus e parasitas. E na grande maioria dos casos são assintomáticas.

FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER COLORRETAL

O câncer colorretal, apesar de ser uma doença passível de prevenção por meio do diagnóstico precoce, ainda ocupa uma posição de destaque entre os tumores malignos mais frequentes. Cerca de 60% dos casos ocorrem em regiões mais desenvolvidas. A idade é o fator de risco de maior importância, sendo que 90% dos casos são diagnosticados após os 50 anos e o risco tende a aumentar com a idade.

A gordura alimentar, especialmente a gordura animal saturada, também tem sido implicada como um fator importante de risco. A carne vermelha tem potenciais carcinogênicos, independente do conteúdo de gordura. Ela é rica em ferro que pode aumentar a produção de radicais livres no cólon, os quais podem provocar danos crônicos à mucosa. Ela ainda estimula a produção de componentes nitrosos, os quais são carcinógenos conhecidos. 

O mecanismo como as fibras podem prevenir este tipo de câncer ainda são conflitantes, mas é certo que elas são um dos fatores protetores.

O álcool tem um possível papel na carcinogênese, observando-se que a ingestão de duas doses ou mais de bebida alcoólica por dia podem aumentar o risco, tanto em homens quanto em mulheres, independente do tipo (destilada ou não), ou do tempo de exposição.

A obesidade aumenta o risco em homens e mulheres em pós-menopausa por intermédio da resistência à insulina.

Os estudos recentes apontam nítida associação entre o hábito de fumar e o desenvolvimento de pólipos colorretais

Indivíduos com história de câncer de intestino ou pólipos podem ter risco aumentado em até 20%, e este risco aumenta mais ainda se tiver mais que um parente portador de pólipos.

A colonoscopia é considerada padrão ouro para a detecção precoce, e é um método que também possibilita o tratamento imediato. A colonoscopia virtual é um método minimamente  invasivo e tem sido considerado uma alternativa para o rastreamento nos casos onde não se consegue fazer o exame tradicional de colonoscopia.

A ressonância magnética só tem valor no estadiamento do tumor, não tem papel no diagnóstico. Os marcadores tumorais (CEA) apresentam valor somente para o prognóstico e acompanhamento.

A ressecção cirúrgica é o principal pilar no tratamento. CUIDE-SE!!

COMO A PANDEMIA AFETA A PREVENÇÃO AO CÂNCER DE INTESTINO?

Há 1 ano e 6 meses, estamos enfrentando uma doença (COVID), até então desconhecida, que contribuiu para a perda de muitos familiares, saudáveis, e o pior para prevenir esta doença ficamos isolados do mundo e, infelizmente, deixamos de cuidar de muitos dos nossos problemas de saúde, e com isto observamos um aumento de doenças que poderiam ter sido evitadas se tivessem sido prevenidas.

Precisamos manter os cuidados, pois Covid-19 ainda continua muito prevalente e precisa ser prevenido, mas sem deixar de lado nossa conscientização a respeito de outras doenças que podem levar à perda de nossos familiares. Pensando nisso, cada mês do ano é dedicado a uma campanha de prevenção de doenças que podem ser evitadas com algumas  atitudes, por exemplo: Outubro Rosa – Prevenção ao Câncer de Mama, Novembro Azul – Prevenção ao Câncer de próstata e etc… e, nesta linha, foi escolhido o Setembro Verde como mês da prevenção ao Câncer de Intestino.

Hoje, o câncer de intestino é a segunda principal causa de morte entre as mulheres devido  ao câncer, perdendo para o câncer de mama. E no homem, é a terceira causa antecedida pelo câncer de próstata e câncer de pulmão.

Atitudes simples como mudanças de hábitos alimentares, com introdução de mais fibras na dieta, controle da obesidade, redução de carnes vermelhas, embutidos, gorduras, álcool, diminuição do sedentarismo e tabagismo podem ajudar muito nesta prevenção.

Somadas a estas  atitudes um check-up frequente, com pesquisa de sangue nas fezes e, quando indicada, uma colonoscopia pode fazer a diferença em questão de prevenção.

Vamos aderir a estas campanhas! 

CERVEJA ENGORDA? QUAL CERVEJA ENGORDA MENOS? EXISTE CERVEJA SEM AÇÚCAR?

Cerveja engorda?

Cervejas são bebidas alcoólicas feitas de grãos de cereais fermentados, e as calorias vêm do álcool e dos carboidratos contidos nelas. Elas possuem calorias chamadas de VAZIAS, pois não contém quantidade significativa de nutrientes para as funções diárias do organismo, isto é, esses carboidratos não são fontes ideais de valores nutricionais.

A maioria das calorias da cerveja provêm  do álcool e são usadas inicialmente como fonte de energia, mas depois são transformadas em açúcar e, posteriormente, armazenadas em forma de gordura.

Realmente as cervejas podem ter quantidades diferentes de carboidratos, sendo que algumas das “claras” podem ter menos que 10 gramas por porção, não considerando as calorias do álcool contido nela, que nestes casos é a principal fonte calórica.

Por fim, se deve também levar em conta que a maioria contém glúten, que aumenta os gases e isto pode levar a desconforto intestinal, distensão abdominal e, em algumas pessoas, até mesmo  diarreias.

Cozinhar com banha ou óleo?

Várias teorias são veiculadas ultimamente sobre óleo vegetal e banha de porco, e muitos acham que a banha por ser menos processada causaria menos danos ao organismo, mas alguns pontos têm que ser considerados:
A banha vendida em supermercado é processada a partir de uma mistura de fontes de gorduras de alta e baixa qualidade de todo o porco. Para estabilizar a temperatura desta mistura a banha é hidrogenada, fazendo que a gordura “trans” apareça nesta mistura, que é uma gordura altamente maléfica.

A banha é composta de 40% gorduras saturadas e 45% gorduras monoinsaturadas, embora tenha uma grande quantidade de gorduras insaturadas, ela não é suficiente para anular os efeitos maléficos da gordura saturada.

A gordura saturada aumenta o risco de eventos cardiovasculares, pode estar relacionada ao aumento da predisposição do câncer de mama, intestino e ovário. Em pacientes com refluxo gastro intestinal, piora o esvaziamento gástrico podendo ser um “gatilho” para o desencadeamento do refluxo.
Por fim, ela é altamente calórica, relacionada ao ganho de peso e obesidade.
Em uma única colher temos 115 calorias, e cerca de 13 gramas de gordura.
Há sempre opções saudáveis para substituir esse e outros alimentos que devem ser evitados. Consulte sempre um médico ou um nutricionista para saber qual é a alimentação mais adequada para você.