HALIMETRIA: DETECTANDO O MAU HÁLITO

Para a formação dos gases bucais, responsáveis pelo hálito é necessário a participação das bactérias orais, aminoácidos, dependendo ainda   do ph e da concentração de oxigênio na boca.

Os aminoácidos com enxofre (cisteína, cistina e metionina) e alguns sem enxofre (triptofano, ornitina e arginina) provenientes   principalmente da saliva são os principais responsáveis por estes odores.

A presença de um ph alcalino e/ou neutro também contribui para um ambiente propício para a formação  destes odores.

Os odores bucais podem ser assim classificados:

Composto metabólico sistêmico (provenientes da circulação) –  Ureia, amônia, cetonas, ácidos graxos, derivados de alimentos  como alho, cebola, brócolis e medicamentos;

– Compostos orgânicos voláteis_ derivados da putrefação de matéria orgânica;

– Compostos sulfurados voláteis – gerado pelo metabolismo de bactérias;

Os compostos orgânicos voláteis podem contribuir para o hálito, mas são responsáveis principalmente pelo “odor dos flatus” (gases intestinais).

O EXAME

A maioria das pesquisas mostra que os pacientes costumam ser incapazes na maioria das vezes de pontuar seus próprios níveis de odor oral, diante disto foi desenvolvido   um aparelho para medir os gases da cavidade oral. Os gases medidos são os compostos sulfurados, que apresentam odor de enxofre e por isso, são responsáveis pelo odor desagradável da boca. Além da confirmação ou exclusão do diagnóstico, o exame é capaz de sugerir a causa do mau hálito. Este exame é chamado de halimetria.

O exame consiste na aspiração do ar da boca após ficar com uma seringa dentro da boca, com os lábios fechados, por um período de 1 minuto. Após este período, o ar é aspirado, para dentro da seringa. Posteriormente, o ar é colocado no canal do aparelho que faz a leitura e a quantificação dos compostos sulfurados do ar da boca.

CUIDADOS ESPECIAIS PARA A REALIZAÇÃO DA HALIMETRIA

Permanecer por pelo menos 4 horas sem realizar higiene oral e sem ingerir água, outros líquidos ou alimentos;

Pelo menos 8 horas sem fumar ou ingerir bebida alcoólica;

Pelo menos 24 horas sem ingerir cebola, alho ou outros  temperos fortes;

Pelo menos 4 semanas sem utilizar antibiótico.

Trata-se de um exame não invasivo, sem sedação e sem necessidade de acesso venoso. É realizado na própria clínica, sem a necessidade de acompanhante. A permanência na clínica varia entre 10 e 20 minutos.

Se você acredita ter halitose, a orientação é procurar um profissional de saúde para confirmação do diagnóstico, identificação da causa e tratamento do sintoma.

Abcessos e Fístulas Perianais: o Que São?

Os processos infecciosos que ocorrem ao redor do ânus e do canal anal são descritos desde a Grécia antiga. Essas infecções são bastante freqüentes e atingem mais comumente homens entre 30 e 40 anos. Os principais sintomas, são: dor, inchaço, endurecimento, vermelhidão, desconforto para evacuar e raramente febre.

Como ocorrem

Quando essas coleções de pus estão circunscritas sob a pele ou mais profundas localizadas entre os músculos da região, são chamados de abscessos perianais (fase aguda) e ao serem abertos espontaneamente ou por cirurgia para a drenagem do pus, formam-se fístulas perianais (fase crônica), que nada mais são do que o trajeto que comunica o orifício interno (dentro do canal anal) ao orifício externo (na pele próxima ao ânus).

A evolução de abscesso para fístula ocorre em metade dos casos. Essa infecção se deve em 80-90% das vezes ao entupimento do orifício de saída de uma das 814 pequenas bolsas que existem dentro do canal anal, chamadas glândulas anais, que liberam o muco no momento da evacuação com o objetivo de lubrificar e facilitar a saídas das fezes.

Outras causas menos comuns dos abscessos e fístula são: câncer do reto, linfoma, leucemia, tuberculose, doença de Crohn, actinomicose, doenças sexualmente transmissíveis, HIV, diabetes, imuonossupressão, corticóides, radio e quimioterapia, trauma local, corpos estanhos e cirurgias proctológicas e ginecológicas.

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico conversando-se com o paciente, ouvindo suas queixas e realizando um exame físico gera e local cuidadoso e, se necessário, com analgesia e/ou anestesia. Se após o tratamento inicial que consiste na drenagem cirúrgica do pus, o quadro persistir e evoluir para uma fístula, o paciente deverá ter acompanhamento médico com especialista. Nas recidivas, alguns exames poderão ser realizados como os de laboratório, endoscópicos e imagem (ultrassom, tomografia, e ressonância magnética) que podem auxiliar na elaboração do planejamento cirúrgico.

Casos cirúrgicos

Em virtude da complexidade e múltiplas formas de apresentação clínica desta doença, por vezes, serão necessários vários tratamentos cirúrgicos, sempre com a intenção de controlar os processos infecciosos, respeitando a musculatura esfincteriana, com o objetivo de evitar a incontinência anal (perda voluntária de gases e fezes).

Ao sentir dor aguda ao redor do ânus, nem sempre o tratamento com banhos de assento, anti-inflamatórios, analgésicos e antibióticos pode ser suficiente. Na dúvida procure um especialista.

É Possível ter uma Vida Normal com uma Colostomia/Ileostomia?

Colostomia/ileostomia são procedimentos cirúrgicos onde se exterioriza o intestino através da parede abdominal, podendo ser do lado direito ou do esquerdo de acordo com o caso, com a colocação de uma “bolsa” para armazenar o conteúdo fecal.

Ao longo da vida, os seres humanos estão propensos a adquirir doenças benignas, malignas, além dos acidentes e traumas no sistema digestivo. A indicação de colostomia ocorre pela impossibilidade de preservar o trânsito intestinal até o reto e canal anal ou pela perda definitiva da porção final do trato digestivo (reto e canal anal). A principal função destas “bolsas” é armazenar o conteúdo fecal drenado, proteger contra odores e proteger a pele do conteúdo drenado.

CUIDADOS

Quando um paciente necessita realizar uma colostomia, deve ser devidamente orientado e adaptado a conviver com essa nova situação, aprender a usar a bolsa, esvaziá-la quando necessário, fazer o devido asseio mantendo medidas para proteção da pele. Odor e gás são preocupações de todos os pacientes, mas ele deve estar ciente que as bolsas são  à prova de odor . As modificações na dieta são mínimas, alguns são orientados a evitar alguns tipos de alimentos para diminuir os gases e aumento das quantidades de líquidos ingeridos.

PREOCUPAÇÕES

Uma preocupação comum para muitos pacientes é o impacto da bolsa nas atividades da vida diária. O paciente pode ter certeza de que a maioria das atividades pode ser retomada com segurança com modificações mínimas, se houver alguma. Como exemplo, o banho pode ser realizado normalmente, e geralmente não são necessárias modificações na roupa. A maioria das atividades esportivas também podem ser realizadas. A adição de um cinto é útil para manter a vedação da bolsa durante atividades vigorosas e com transpiração intensa.

A atividade sexual é uma preocupação particular para muitos pacientes, mas ela não interfere na função sexual orgânica.  Em alguns casos é aconselhável um acompanhamento psicológico do paciente e do parceiro para se adaptar às condições. É útil que o paciente esvazie a bolsa antes de se envolver numa atividade sexual, e a vede corretamente. Muitos pacientes optam pelo uso de lingerie e roupas íntimas protetoras projetadas especificamente para estes pacientes.

VIVENDO UMA VIDA RELATIVAMENTE NORMAL

Existem milhares de pessoas com ostomias (colostomia e ileostomia) no mundo inteiro, vivendo e buscando seus objetivos de vida. A perda de um órgão, como o reto, canal anal ou qualquer outra parte do corpo, jamais deverá se transformar em motivo para estigmatizar um ser humano, fazendo postagens desagradáveis e destrutivos. Independentemente delas serem definitivas ou temporárias, são realizadas para preservar a vida e quando temporária, o momento da reconstrução do transito intestinal será no momento adequado para que esse paciente não tenha mais riscos de vida.

Constipação Intestinal, Quando Devo me Preocupar?

CONSTIPAÇÃO INTESTINAL, QUANDO DEVO ME PREOCUPAR?

Constipação intestinal pode ser definida como “defecação insatisfatória” caracterizada por evacuações infrequentes, dificuldade na passagem das fezes, ou ambos. A dificuldade na passagem das fezes inclui esforço para defecar, sensação de dificuldade, evacuação incompleta, fezes duras, tempo prolongado de evacuação ou necessidade de manobras manuais para elimina as fezes.

A constipação intestinal não é uma doença, mas um sintoma, que pode estar associada a doenças orgânicas. Pode ser funcional (primária) ou secundária (orgânica).

A CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL OU PRIMÁRIA 

É a mais comum na prática clinica devido a ingestão alimentar inadequada, sedentarismo, perda do reflexo de evacuação e postura incorreta no ato de defecação.

Dentro dos fatores dietéticos o menor consumo de vegetais e leguminosas, e consumo maior de alimentos absorvíveis principalmente carboidratos (massas, pães, doces) associados ao estilo de vida, compromissos e ritmo de trabalho que favorece a troca de uma alimentação saudável por lanches ou pratos rápidos, adiamento de refeições são fatores a serem pesquisados.

O reflexo da evacuação, ou seja, a sensação retal da vontade de evacuar, para a maioria dos indivíduos costuma ocorrer em um mesmo horário. No indivíduo constipado, além de não se fixar em determinado momento do dia, costuma o reflexo surgir em locais ou horários inadequados, levando a uma inibição do reflexo com perda progressiva da sensibilidade do reto à sua distensão pelo bolo fecal.

A inclinação do tronco sobre as pernas apoiadas no chão, é a postura adequada e qualquer mudança nesta postura, pode influenciar na hora da defecação reduzindo a força dos músculos responsáveis no esvaziamento intestinal.

A CONSTIPAÇÃO SECUNDÁRIA OU ORGÂNICA  

Decorrente de várias causas, nem sempre originadas no sistema digestivo, como causas metabólicas, endócrinas, neurológicas, musculares e psiquiátricas.

O uso de alguns medicamentos como anti-inflamatórios, analgésicos opiáceos, anti-histamínicos (antialérgicos), antidepressivos, diuréticos, ferro, antiácidos, antipsicóticos e vários outros podem levar a importante constipação.

Dentro das causas endócrinas o diabetes (transtorno motor no sistema digestivo) e o hipotireoidismo, devem ser lembradas.

A dificuldade do transito pode ser decorrente de graus variáveis de oclusão mecânica causada por tumores, processos inflamatórios intestinais (doença de Chron, retocolite ulcerativa), tuberculose, pós radioterapia, cirurgias pélvicas, hérnias internas abdominais, aderências pós-cirúrgicas. Na região anorretal, doenças hemorroidárias, fissuras, por provocarem dor na hora da defecação, dificultam a eliminação de fezes.

Por fim, rupturas perineais após parto natural ou intervenções cirúrgicas para tratamento de fistulas e abcessos  podem modificar o desempenho do processo evacuatório e serem os únicos motivos para a constipação.

Dor no Tórax Pode Ser Problema Digestivo?

Dor na região anterior do tórax representa um sintoma alarmante, pela freqüente associação com doenças do coração. Diante de dor aguda persistente nesta região, sempre se faz necessário uma investigação cardiovascular. 

HISTÓRIA CLÍNICA

A história clinica geralmente não permite distinguir pacientes com dor de origem cardíaca daqueles com dor de origem esofagiana, e a presença de problemas esofagianos não constitui um dado definitivo da origem da dor, dada a elevada prevalência de associação de doenças cardíacas e esofageanas.

A doença do refluxo gastroesofágico é afecção mais prevalente, mas várias outras patologias do esôfago têm que ser investigadas como aquelas que levam a uma alteração na motilidade do esôfago. Uma patologia que vem sendo diagnosticada com mais frequência é a Esofagite eosinofílica (alérgica)

CAUSAS

As doenças funcionais associadas a distúrbios psíquicos, transtorno do pânico, ansiedade e depressão, também tem que ser considerada.

A doença biliar (cólica de vesícula) menos comumente, pode se manifestar com dor aguda nesta região, e deve sempre ser pensada na presença de vômitos junto com a dor.

A investigação do esôfago começa com a realização de endoscopia digestiva, para exclusão de lesão de mucosa.  A ausência de lesão não exclui o diagnóstico, mas se deve complementar a investigação com uma phmetria .

Outros distúrbios digestivos, que comprometem o abdome superior, podem também se manifestar com dor torácica como pancreatite,  hepatite, doença ulcerosa péptica, aumento de baço e inflamação da vesícula, mas nestes casos geralmente se encontra alguma outra queixa associada que ajuda no esclarecimento  do quadro.

Diante de uma dor torácica não se automedique, é necessária uma investigação clínica minuciosa.

Setembro Verde: como hábitos saudáveis e atenção na prevenção, é possível evitar o câncer de intestino.

câncer de intestino

Considerado o terceiro tipo de câncer mais frequente em homens (após próstata e pulmão) e o segundo entre as mulheres (após o câncer de mama), o câncer colorretal é um tumor que acomete o intestino grosso (subdividido em cólon e reto).

Esta doença está se tornando cada vez mais incidente na população brasileira. Somente no último ano, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) contabilizou a incidência de 36.360 casos, um aumento de 6% em relação a 2017.

Apesar de ser altamente prevalente em indivíduos a partir de 65 anos, nota-se também o avanço nos registros de crescimento do quadro entre os jovens. Recomenda-se o início do monitoramento preventivo da doença, por meio do exame colonoscopia, aos 45 anos. Se houver histórico na família, esse rastreamento deve ser iniciado antes, de acordo com a recomendação do coloproctologista.

Com o avanço dos casos, é inevitável o surgimento da pergunta: como é possível evitar o surgimento do câncer colorretal? Com uma alimentação adequada, rica em vegetais, controle do consumo de carne processada ou vermelha, prática regular de atividade física e check-ups anuais, é possível prevenir ou evitar o aparecimento da doença.

Pensando em conscientizar a população e desmistificar o câncer de intestino, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) promove o Setembro Verde com a campanha “Não é sorte, é prevenção e cuidado” . O objetivo é informar sobre a doença, como preveni-la adequadamente e saber que existem tratamentos eficazes para controlar a condição.

Qual é a função do intestino?

O intestino é um órgão que faz parte do sistema digestório. Em formato de tubo, ele se estende do final do estômago até o ânus. É por meio dele que o organismo absorve água, digere alimentos e nutrientes e promove a eliminação de resíduos e toxinas pelas fezes.

O órgão está dividido em duas partes: delgado e grosso. O intestino delgado une o estômago ao intestino grosso e, portanto, é maior parte do órgão, com cerca de seis a sete metros de comprimento. É nele que são absorvidos os nutrientes. O intestino grosso possui aproximadamente dois metros de comprimento e tem papel vital na absorção de água, sendo responsável por mais de 60% da água absorvida pelo organismo.

É bem possível que você já tenha escutado sobre flora intestinal, não é? Saiba que ela também faz parte do órgão e consiste em um conjunto de bactérias ao longo do intestino que contribuem para o processo digestivo e na proteção de outras bactérias vindas de alimentos.

Como cuidar do intestino e evitar o câncer colorretal?

Pode ser assustador  escutar “prevenção contra o câncer”, afinal, fatores genéticos contribuem para o desenvolvimento da doença. Mas, com a adoção de uma vida mais saudável é possível evitar o desenvolvimento da doença. Existem alguns fatores de risco que devem ser observados com atenção, entre eles:

– Alimentação deficiente em fibras e rica em carne vermelha, processados e industrializados;

– Obesidade;

– Sedentarismo;

– Tabagismo e alcoolismo.

Portanto, na prática é imprescindível manter uma dieta balanceada e rica em fibras e alimentos naturais, além disso, recomenda-se a prática de exercícios físicos pelo menos três vezes na semana, a diminuição do consumo de carnes vermelhas e álcool, além do controle do tabagismo.

Sintomas

Sangue nas fezes é o principal sinal de alerta para o câncer colorretal. Porém, outros sintomas podem ocorrer, como alterações no hábito intestinal (diarreia, intensa vontade de evacuar ou intestino lento), cólicas ou dores abdominais, dor na região anal, fraqueza, quadros de anemia e emagrecimento intenso.

Ao sentir qualquer um desses sintomas, a recomendação é buscar um especialista que irá investigar o caso e fazer o diagnóstico adequado.

A importância do diagnóstico precoce

O cuidado com a saúde também prevê a realização periódica de exames preventivos. No caso do intestino. Cerca de 90% dos casos o câncer colorretal se origina a partir de um pólipo benigno, que ao longo dos anos sofre uma evolução se tornando um tumor.

Esse é o papel da colonoscopia. Realizada por meio de um aparelho flexível que é introduzido do ânus até o intestino com o paciente devidamente sedado/anestesiado, o exame de imagem permite a visualização de todo o cólon e do reto, possibilitando dessa forma, a identificação de lesões pré-malignas e lesões em estágios iniciais.

O diagnóstico precoce é importante, porém, é fundamental estabelecer que o câncer colorretal tem tratamentos cada vez mais modernos e efetivos para cada perfil de paciente. Para os tumores menores, as lesões podem ser retiradas por colonoscopia e ressecções locais dos tumores. Já os maiores e em estados avançados também contam com opções cirúrgicas, como a laparoscopia ou as cirurgias abertas. Há ainda outras opções de tratamento, como a radioterapia e a quimioterapia.

QUANDO O TEMA É CIRURGIA BARIÁTRICA, CONFIRA O MÍNIMO A SE SABER PARA NÃO FICAR POR FORA DO ASSUNTO

Segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, publicados em 2017, a obesidade afeta 1 em cada 5 brasileiros.

Doenças como hipertensão arterial, diabetes, apneia do sono, problemas articulares, doenças cardiovasculares podem ser desencadeadas ou agravadas pelo excesso do peso, inclusive alguns tipos de cânceres como de útero, mama e intestino grosso podem estar diretamente associados a esse vilão do século XXI.

Visando a remissão das doenças associadas, diminuição do risco de mortalidade, aumento da longevidade e melhoria da qualidade de vida, a cirurgia bariátrica é um procedimento que tem crescido de maneira substancial nos últimos anos.  

REQUISITOS MÍNIMOS PARA CANDIDATOS À CIRURGIA

Primeiramente é preciso entender o conceito de índice de massa corpórea (IMC), calculado pela divisão do peso (em quilos) pela altura (em metros) elevada ao quadrado. 

Requisitos

  • IMC acima de 40; 
  • IMC entre 35 e 40, com alguma doença associada;
  • Tentativa de perda de peso sem sucesso por pelo menos 2 anos;
  • Obesidade estável por pelo menos 5 anos; 
  • Ter entre 16 e 70 anos.

ENTENDENDO SOBRE O MECANISMO DA CIRURGIA

Os procedimentos podem ser divididos de acordo com o mecanismo de funcionamento: os restritivos, que diminuem a quantidade de alimento que o estômago é capaz de comportar, exemplo: cirurgia de gastrectomia vertical, também conhecida por “Sleeve”.

Os disabsortivos, que reduzem a capacidade de absorção dos alimentos pelo intestino, e os de técnica mista, que possuem um componente restritivo e um pequeno componente disabsortivo, tendo no bypass gástrico seu maior expoente. Cirurgias que se utilizam de técnicas puramente disabsortivas não são liberadas pelo Conselho Federal de Medicina no Brasil, devido ao grande risco de desnutrição do paciente.

Escolhendo o procedimento

De maneira simplificada sugere-se a gastrectomia vertical para pacientes com obesidade, porém com IMC mais baixo, que não possuam diabetes de difícil controle e nem doença do refluxo gastroesofageano. Outra opção é o bypass gástrico, para pacientes obesos, com IMC alto e que necessitam de um melhor controle sobre o diabetes.

Na verdade, a escolha deverá ser individualizada, ponderada e orientada pelo seu cirurgião bariátrico, contudo o paciente deve entender que ele tem participação essencial nessa decisão.

O que é gastroenterite viral?

O que é gastroenterite viral?

A gastroenterite viral é uma infecção que pode causar diarreia e vômito. Ela ocorre quando o estômago e os intestinos de uma pessoa são infectados por um vírus. 

Tanto adultos como crianças podem contrair a gastroenterite viral. O contágio acontece através do contato com uma pessoa infectada ou com uma superfície com o vírus, ou por não lavar as mãos adequadamente depois.

Quais são os sintomas da gastroenterite 

 Diarreia e vômitos são os sintomas principais, que se não forem tratados de maneira eficaz, podem levar à desidratação, sendo que, nas crianças e em idosos, tais ocorrências podem ser graves.                                  

Outros sintomas prováveis:

  • Febre;
  • Dor de cabeça ou dores musculares;
  • Dor na barriga ou cólicas;
  • Perda de apetite.

Pessoas com gastroenterite viral precisam realizar exames?

Normalmente não precisa, sendo facilmente identificada pelo seu médico, mas em alguns casos é preciso realizar:

  • Exames de sangue;
  • Testes de urina;
  • Testes em uma amostra de evacuação.

Há algo que eu possa fazer sozinho?

Sim. Pessoas com gastroenterite viral precisam beber uma quantidade de líquidos suficiente para não ficarem desidratadas. Alguns líquidos são mais eficazes contra a desidratação, crianças mais velhas e adultos podem beber bebidas esportivas e água de coco, caso consigam ingerir por via oral.

O paciente com gastroenterite viral deve evitar beber suco ou refrigerante, que podem piorar a diarreia em alguns casos. A maioria das pessoas não precisam de tratamento específico, porque os sintomas desaparecerão por conta própria. Diminua a alimentação e, se tiver fome, é melhor comer carnes magras, frutas, legumes e pães integrais e cereais. Evite comer alimentos com muita gordura ou açúcar, o que pode agravar os sintomas.

Adultos com mais de 65 anos, com presença de febre, evacuações com sangue, diarreia e vômitos persistentes, dor abdominal intensa, vômitos de sangue, sinais de desidratação, não se automedique! Procure um médico.

Afinal, o que é doença de Crohn?

doença de crohn

A Doença de Crohn é uma doença autoimune, isto é, o sistema imunológico reconhece o revestimento do trato digestivo como estranho e o ataca, causando inflamação. Esta inflamação leva ao aparecimento de úlceras e sangramentos, geralmente afetando a última parte do intestino delgado(íleo), apesar de poder afetar qualquer parte do sistema digestivo, desde a boca até o ânus.

Assim como a Retocolite Ulcerativa, a Doença de Crohn é uma patologia inflamatória intestinal, e ambas são crônicas, com ciclos repetitivos de crises intermitentes, seguido por períodos de ausência de sintomas. O padrão é variável e os surtos podem durar semanas ou meses. Para qualquer pessoa, o tratamento contínuo aumenta a chance de entrar e permanecer em remissão.

Quais são os principais sintomas? 

Os sintomas mais relatados são: dor abdominal, diarreia, fadiga, perda de peso e dor anal.

Algumas pessoas podem apresentar outros sintomas como feridas na boca, artrite, problemas oculares, fissuras e fístulas anais.

Quais são as principais causas?

Ainda são desconhecidos os motivos que levam determinados indivíduos a desenvolver a Doença de Crohn. Porém, a questão genética, ou seja, a presença de caso na família, aumenta a possibilidade de aparecimento da doença.

Qual o tratamento indicado?

A Doença de Crohn que não tem cura, mas os medicamentos podem aliviar os sintomas e ajudar a entrar em remissão. A escolha do medicamento vai depender da gravidade dos sintomas, da idade do paciente e vários outros fatores. 

A realização de cirurgia pode ser recomendada quando os medicamentos não são eficazes, ou   para tentar resolver as complicações da doença. Mas é importante ressaltar que a cirurgia também não é uma cura e, depois dela, deve-se continuar com o uso dos medicamentos.

Outras informações

– O hábito de fumar aumenta o risco de agravamento da doença.

– A Doença de Crohn aumenta o risco de câncer de intestino, dependendo do tempo da doença e da extensão do acometimento. Por isso, é recomendado rastreamento para câncer de intestino com frequência, através de exames colonoscópios.

É Possível Desenvolver Alergia Alimentar na Fase Adulta? Fique Atento aos Sintomas.

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Em primeiro lugar, precisamos deixar clara a diferença entre alergia alimentar e intolerância alimentar.

Alergia alimentar

É o conjunto de reações do organismo, devido a uma resposta imunológica anormal, que ocorre após a exposição (ingestão ou contato) de um determinado alimento. 

Intolerância alimentar  

Não se trata de uma reação alérgica e é causada pela dificuldade digestiva ou metabólica a um determinado alimento.  Intolerância alimentar está relacionada à quantidade do alimento, enquanto alergia alimentar, relacionado apenas ao seu tipo.

Ocorrência da alergia alimentar na fase adulta

Alergia alimentar é uma reação imediata, que ocorre dentro de minutos ou mesmo segundos após a ingestão. Ela pode ocorrer em qualquer idade, porém é mais comum na infância. Ainda assim, é sim possível a ocorrência em adultos, sendo que 15% dos casos de alergia alimentar acontece nessa faixa etária.

Fatores predisponentes 

  • Exposição ao pólen e sensibilização, além de presença de outras doenças alérgicas como rinite ou asma;
  • Exposições ocupacionais (inalação ou contato), podendo levar a sensibilização;       
  • Exposição cutânea à proteína do trigo hidrolisada em sabonetes faciais;
  • Mudanças repentinas na dieta para perda de peso ou com suplementação proteica, em conjunto com um novo regime de exercícios físico.

Sinais e sintomas

Os mais comuns são: Prurido, urticária, rubor, inchaço dos lábios, face ou garganta, náuseas, vômitos, cólicas, diarreia, tontura, hipotensão (queda de pressão).   A urticária aguda é, provavelmente, a manifestação cutânea mais comum, mas raramente a alergia alimentar pode ser responsável pela urticária crônica.

Alimentos causadores

Embora qualquer alimento possa causar alergia mediada por IgE, peixes e frutos do mar em geral e alimentos como amendoim e nozes, são os dois grupos que causam a maioria dos casos, responsáveis por estas reações. 

A alergia ao amendoim e nozes é comum em adultos, mas a maioria dos casos começa na infância e persiste no adulto. Como estas alergias podem ser graves, sugerimos sempre encaminhar o paciente para a avaliação de um especialista.

Ocasionalmente alguns tipos de carnes (cordeiro, porco, bovina) podem desencadear estas reações. É sempre bom lembrar que a maioria dos alérgenos alimentares são proteínas.                                                                                                                                                                      

Reações alérgicas à proteína do leite, muitas vezes complicadas pela associação da intolerância à lactose, aumentam com a idade e são mais comuns em adultos. Porém, raramente são associadas a reações adversas severas.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito através da detecção da presença de IgE específica para o alimento ou teste pele+, que indicam a possibilidade de ter alergia.