Vários medicamentos podem provocar dano esofágico, quando há transito esofagiano lento, entretanto o transito retardado não é condição suficiente para desencadear o dano esofágico. A forma da pílula tem influência na velocidade do transito. Pílulas pequenas, arredondadas e pesadas apresentam transito mais rápido. As cápsulas revestidas com substâncias aderentes podem permanecer mais tempo em contato com a mucosa. Fatores como tomar a pílula na posição deitada, ingestão sem (ou pouca) água, doenças pré-existentes (neurológicas, aumento do átrio esquerdo do coração, cirurgia cardíaca, estenose do esôfago..), também influenciam.
Os principais sintomas são dificuldade para engolir, dor ao engolir e dor no peito que surgem subitamente algumas horas após a ingestão do medicamento podendo durar dias ou semanas.
O diagnóstico é feito pela endoscopia com identificação de uma úlcera rasa na porção média do esôfago, com graus variáveis de inflamação. O diagnóstico diferencial inclui infecções virais, bacterianas, fúngicas, e lesões causticas. O exame histológico feito através da biopsia do local completa o diagnóstico. É indispensável suspender o medicamento e mudar o tipo de apresentação do medicamento de um comprimido para a forma líquida pode ajudar. Sempre tomar medicamentos em pé ou sentado, no mínimo dez minutos antes de deitar, com bastante água.