Abcessos e Fístulas Perianais: o Que São?

Os processos infecciosos que ocorrem ao redor do ânus e do canal anal são descritos desde a Grécia antiga. Essas infecções são bastante freqüentes e atingem mais comumente homens entre 30 e 40 anos. Os principais sintomas, são: dor, inchaço, endurecimento, vermelhidão, desconforto para evacuar e raramente febre.

Como ocorrem

Quando essas coleções de pus estão circunscritas sob a pele ou mais profundas localizadas entre os músculos da região, são chamados de abscessos perianais (fase aguda) e ao serem abertos espontaneamente ou por cirurgia para a drenagem do pus, formam-se fístulas perianais (fase crônica), que nada mais são do que o trajeto que comunica o orifício interno (dentro do canal anal) ao orifício externo (na pele próxima ao ânus).

A evolução de abscesso para fístula ocorre em metade dos casos. Essa infecção se deve em 80-90% das vezes ao entupimento do orifício de saída de uma das 814 pequenas bolsas que existem dentro do canal anal, chamadas glândulas anais, que liberam o muco no momento da evacuação com o objetivo de lubrificar e facilitar a saídas das fezes.

Outras causas menos comuns dos abscessos e fístula são: câncer do reto, linfoma, leucemia, tuberculose, doença de Crohn, actinomicose, doenças sexualmente transmissíveis, HIV, diabetes, imuonossupressão, corticóides, radio e quimioterapia, trauma local, corpos estanhos e cirurgias proctológicas e ginecológicas.

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico conversando-se com o paciente, ouvindo suas queixas e realizando um exame físico gera e local cuidadoso e, se necessário, com analgesia e/ou anestesia. Se após o tratamento inicial que consiste na drenagem cirúrgica do pus, o quadro persistir e evoluir para uma fístula, o paciente deverá ter acompanhamento médico com especialista. Nas recidivas, alguns exames poderão ser realizados como os de laboratório, endoscópicos e imagem (ultrassom, tomografia, e ressonância magnética) que podem auxiliar na elaboração do planejamento cirúrgico.

Casos cirúrgicos

Em virtude da complexidade e múltiplas formas de apresentação clínica desta doença, por vezes, serão necessários vários tratamentos cirúrgicos, sempre com a intenção de controlar os processos infecciosos, respeitando a musculatura esfincteriana, com o objetivo de evitar a incontinência anal (perda voluntária de gases e fezes).

Ao sentir dor aguda ao redor do ânus, nem sempre o tratamento com banhos de assento, anti-inflamatórios, analgésicos e antibióticos pode ser suficiente. Na dúvida procure um especialista.

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