A doença celíaca é uma doença auto-imune que afeta primariamente o trato gastrointestinal de indivíduos geneticamente predispostos e é induzida pelo consumo de proteínas presente no trigo, centeio e na cevada, denominadas glúten.
A forma clássica de apresentação é caracterizada por fezes gordurosas, distensão abdominal, perda de peso e astenia. Contudo é necessário lembrar que a diarréia ocorre em menos de 50% dos casos.
O quadro clínico é bem variável e depende de idade, sensibilidade e quantidade de glúten ingerido. Pode se apresentar apenas com dor abdominal, distensão abdominal, náuseas, vômitos, aftas orais, anemia, flatulência excessiva.
Pode se manifestar com vários sintomas extra- intestinais, e destes a anemia é a mais frequente. Lesões de pele como psoríase, aftas, infertilidade,alterações endócrinas, neurológicas, hepáticas podem também estar presentes.
O teste considerado “padrão-ouro” no diagnóstico é a biópsia do intestino delgado obtida durante a endoscopia digestiva. E para completar o diagnóstico, associar o exame sorológico.
O tratamento consiste em excluir o glúten da dieta por toda a vida dos pacientes. É recomendável uma consulta com nutricionista no intuito de oferecer uma dieta sem glúten, mas com nutrientes adequados.
È fundamental avaliação desses pacientes entre o terceiro e sexto mês de diagnóstico para verificar a adesão à dieta, monitorar as complicações e os possíveis sinais de doença auto-imune associada