FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER COLORRETAL

O câncer colorretal, apesar de ser uma doença passível de prevenção por meio do diagnóstico precoce, ainda ocupa uma posição de destaque entre os tumores malignos mais frequentes. Cerca de 60% dos casos ocorrem em regiões mais desenvolvidas. A idade é o fator de risco de maior importância, sendo que 90% dos casos são diagnosticados após os 50 anos e o risco tende a aumentar com a idade.

A gordura alimentar, especialmente a gordura animal saturada, também tem sido implicada como um fator importante de risco. A carne vermelha tem potenciais carcinogênicos, independente do conteúdo de gordura. Ela é rica em ferro que pode aumentar a produção de radicais livres no cólon, os quais podem provocar danos crônicos à mucosa. Ela ainda estimula a produção de componentes nitrosos, os quais são carcinógenos conhecidos. 

O mecanismo como as fibras podem prevenir este tipo de câncer ainda são conflitantes, mas é certo que elas são um dos fatores protetores.

O álcool tem um possível papel na carcinogênese, observando-se que a ingestão de duas doses ou mais de bebida alcoólica por dia podem aumentar o risco, tanto em homens quanto em mulheres, independente do tipo (destilada ou não), ou do tempo de exposição.

A obesidade aumenta o risco em homens e mulheres em pós-menopausa por intermédio da resistência à insulina.

Os estudos recentes apontam nítida associação entre o hábito de fumar e o desenvolvimento de pólipos colorretais

Indivíduos com história de câncer de intestino ou pólipos podem ter risco aumentado em até 20%, e este risco aumenta mais ainda se tiver mais que um parente portador de pólipos.

A colonoscopia é considerada padrão ouro para a detecção precoce, e é um método que também possibilita o tratamento imediato. A colonoscopia virtual é um método minimamente  invasivo e tem sido considerado uma alternativa para o rastreamento nos casos onde não se consegue fazer o exame tradicional de colonoscopia.

A ressonância magnética só tem valor no estadiamento do tumor, não tem papel no diagnóstico. Os marcadores tumorais (CEA) apresentam valor somente para o prognóstico e acompanhamento.

A ressecção cirúrgica é o principal pilar no tratamento. CUIDE-SE!!

COMO A PANDEMIA AFETA A PREVENÇÃO AO CÂNCER DE INTESTINO?

Há 1 ano e 6 meses, estamos enfrentando uma doença (COVID), até então desconhecida, que contribuiu para a perda de muitos familiares, saudáveis, e o pior para prevenir esta doença ficamos isolados do mundo e, infelizmente, deixamos de cuidar de muitos dos nossos problemas de saúde, e com isto observamos um aumento de doenças que poderiam ter sido evitadas se tivessem sido prevenidas.

Precisamos manter os cuidados, pois Covid-19 ainda continua muito prevalente e precisa ser prevenido, mas sem deixar de lado nossa conscientização a respeito de outras doenças que podem levar à perda de nossos familiares. Pensando nisso, cada mês do ano é dedicado a uma campanha de prevenção de doenças que podem ser evitadas com algumas  atitudes, por exemplo: Outubro Rosa – Prevenção ao Câncer de Mama, Novembro Azul – Prevenção ao Câncer de próstata e etc… e, nesta linha, foi escolhido o Setembro Verde como mês da prevenção ao Câncer de Intestino.

Hoje, o câncer de intestino é a segunda principal causa de morte entre as mulheres devido  ao câncer, perdendo para o câncer de mama. E no homem, é a terceira causa antecedida pelo câncer de próstata e câncer de pulmão.

Atitudes simples como mudanças de hábitos alimentares, com introdução de mais fibras na dieta, controle da obesidade, redução de carnes vermelhas, embutidos, gorduras, álcool, diminuição do sedentarismo e tabagismo podem ajudar muito nesta prevenção.

Somadas a estas  atitudes um check-up frequente, com pesquisa de sangue nas fezes e, quando indicada, uma colonoscopia pode fazer a diferença em questão de prevenção.

Vamos aderir a estas campanhas!