HEMANGIOMA HEPÁTICO. VOCÊ SABE O QUE É ISSO?

Hemangiomas são tumores benignos e congênitos, causados por malformações em vasos sanguíneos durante a formação do embrião ainda na barriga da mãe, podendo ser encontrado em diversos órgãos do corpo humano como: pele, ossos e também no fígado.

Os hemangiomas do fígado acometem de 0,4 a 7% da população, sendo mais comum em mulheres jovens. São os tumores benignos mais frequentes do fígado, comumente assintomáticos e encontrados por acaso, em exames de imagem do abdome, solicitados por outros motivos.

O seu tamanho pode variar de alguns milímetros a vários centímetros, sendo chamados de hemangiomas gigantes aqueles com tamanho maior que 5 cm.

Em sua maioria, os hemangiomas são pequenos, não causam maiores problemas e não necessitam de tratamento específico. Porém, em uma minoria de casos, os hemangiomas podem causar sintomas como dor abdominal ao crescerem e “empurrarem” a cápsula do fígado. Além de dor, dependendo da sua localização e tamanho, podem comprimir órgãos próximos ao fígado, como o estômago, causando sintomas como saciedade precoce, sensação de estufamento após refeições, náuseas, vômitos e febre. Apesar de raras, complicações como rompimento ou formação de coágulos no interior, geralmente nos hemangiomas gigantes, podem necessitar ressecção cirúrgica, ou outros procedimentos para aborda-los.

TENHO PEDRA NA VESÍCULA, DEVO OPERAR?

A presença de cálculos biliares é relativamente comum em adultos, rara em crianças e aumenta a incidência após terceira década de vida. 70% dos cálculos são formados por colesterol e cálcio.

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de cálculos são obesidade, sexo feminino, idade fértil e idade acima de 40 anos de idade. Além destes, a predisposição genética, dieta pobre em fibras, hiperlipidemia, anemia hemolítica são outros fatores importantes.

A principal queixa nestes pacientes é dor abdominal aguda localizada na região superior do abdome que pode irradiar para as costas. Muitas vezes esta dor é desencadeada cerca de 1 hora após a ingestão de comidas gordurosas. Outros pacientes podem referir sintomas mais vagos como arrotos, náuseas, empachamento após ingestão gordurosa, ou mesmo “mal estar” vago.

A presença de febre ou outros sinais inflamatórios falam a favor de colecistite (inflamação da vesícula). Já a presença de icterícia (coloração amarelada da pele), comprovada no exame laboratorial, aumento de bilirrubinas e fosfatase alcalina, nos leva a pensar na presença de cálculo no canal biliar.

O método diagnóstico mais sensível e específico é o ultrassom.

TRATAMENTO 

Uma vez diagnosticada colelitíase em paciente sintomático, o tratamento definitivo é a cirurgia (convencional ou laparoscópica). Não há consenso na literatura sobre a realização de cirurgia profilática.

As indicações absolutas de cirurgia são para os pacientes sintomáticos e aqueles com história prévia de complicação resolvida ou não (pancreatite, colecistite).

Alguns pacientes assintomáticos devem ser considerados para a indicação cirúrgica, como aqueles com cálculos maiores que 3 cm, anemias hemolíticas, pólipos em vesícula associados a cálculos, vesícula em porcelana (maior risco de neoplasia).

Vale ressaltar que pacientes diabéticos devem ser operados mais precocemente, por apresentarem maiores riscos de complicações graves. Para gestantes com sintomas recorrentes, o momento ideal seria o segundo trimestre da gestação.