Setembro Verde: como hábitos saudáveis e atenção na prevenção, é possível evitar o câncer de intestino.

câncer de intestino

Considerado o terceiro tipo de câncer mais frequente em homens (após próstata e pulmão) e o segundo entre as mulheres (após o câncer de mama), o câncer colorretal é um tumor que acomete o intestino grosso (subdividido em cólon e reto).

Esta doença está se tornando cada vez mais incidente na população brasileira. Somente no último ano, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) contabilizou a incidência de 36.360 casos, um aumento de 6% em relação a 2017.

Apesar de ser altamente prevalente em indivíduos a partir de 65 anos, nota-se também o avanço nos registros de crescimento do quadro entre os jovens. Recomenda-se o início do monitoramento preventivo da doença, por meio do exame colonoscopia, aos 45 anos. Se houver histórico na família, esse rastreamento deve ser iniciado antes, de acordo com a recomendação do coloproctologista.

Com o avanço dos casos, é inevitável o surgimento da pergunta: como é possível evitar o surgimento do câncer colorretal? Com uma alimentação adequada, rica em vegetais, controle do consumo de carne processada ou vermelha, prática regular de atividade física e check-ups anuais, é possível prevenir ou evitar o aparecimento da doença.

Pensando em conscientizar a população e desmistificar o câncer de intestino, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) promove o Setembro Verde com a campanha “Não é sorte, é prevenção e cuidado” . O objetivo é informar sobre a doença, como preveni-la adequadamente e saber que existem tratamentos eficazes para controlar a condição.

Qual é a função do intestino?

O intestino é um órgão que faz parte do sistema digestório. Em formato de tubo, ele se estende do final do estômago até o ânus. É por meio dele que o organismo absorve água, digere alimentos e nutrientes e promove a eliminação de resíduos e toxinas pelas fezes.

O órgão está dividido em duas partes: delgado e grosso. O intestino delgado une o estômago ao intestino grosso e, portanto, é maior parte do órgão, com cerca de seis a sete metros de comprimento. É nele que são absorvidos os nutrientes. O intestino grosso possui aproximadamente dois metros de comprimento e tem papel vital na absorção de água, sendo responsável por mais de 60% da água absorvida pelo organismo.

É bem possível que você já tenha escutado sobre flora intestinal, não é? Saiba que ela também faz parte do órgão e consiste em um conjunto de bactérias ao longo do intestino que contribuem para o processo digestivo e na proteção de outras bactérias vindas de alimentos.

Como cuidar do intestino e evitar o câncer colorretal?

Pode ser assustador  escutar “prevenção contra o câncer”, afinal, fatores genéticos contribuem para o desenvolvimento da doença. Mas, com a adoção de uma vida mais saudável é possível evitar o desenvolvimento da doença. Existem alguns fatores de risco que devem ser observados com atenção, entre eles:

– Alimentação deficiente em fibras e rica em carne vermelha, processados e industrializados;

– Obesidade;

– Sedentarismo;

– Tabagismo e alcoolismo.

Portanto, na prática é imprescindível manter uma dieta balanceada e rica em fibras e alimentos naturais, além disso, recomenda-se a prática de exercícios físicos pelo menos três vezes na semana, a diminuição do consumo de carnes vermelhas e álcool, além do controle do tabagismo.

Sintomas

Sangue nas fezes é o principal sinal de alerta para o câncer colorretal. Porém, outros sintomas podem ocorrer, como alterações no hábito intestinal (diarreia, intensa vontade de evacuar ou intestino lento), cólicas ou dores abdominais, dor na região anal, fraqueza, quadros de anemia e emagrecimento intenso.

Ao sentir qualquer um desses sintomas, a recomendação é buscar um especialista que irá investigar o caso e fazer o diagnóstico adequado.

A importância do diagnóstico precoce

O cuidado com a saúde também prevê a realização periódica de exames preventivos. No caso do intestino. Cerca de 90% dos casos o câncer colorretal se origina a partir de um pólipo benigno, que ao longo dos anos sofre uma evolução se tornando um tumor.

Esse é o papel da colonoscopia. Realizada por meio de um aparelho flexível que é introduzido do ânus até o intestino com o paciente devidamente sedado/anestesiado, o exame de imagem permite a visualização de todo o cólon e do reto, possibilitando dessa forma, a identificação de lesões pré-malignas e lesões em estágios iniciais.

O diagnóstico precoce é importante, porém, é fundamental estabelecer que o câncer colorretal tem tratamentos cada vez mais modernos e efetivos para cada perfil de paciente. Para os tumores menores, as lesões podem ser retiradas por colonoscopia e ressecções locais dos tumores. Já os maiores e em estados avançados também contam com opções cirúrgicas, como a laparoscopia ou as cirurgias abertas. Há ainda outras opções de tratamento, como a radioterapia e a quimioterapia.

QUANDO O TEMA É CIRURGIA BARIÁTRICA, CONFIRA O MÍNIMO A SE SABER PARA NÃO FICAR POR FORA DO ASSUNTO

Segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, publicados em 2017, a obesidade afeta 1 em cada 5 brasileiros.

Doenças como hipertensão arterial, diabetes, apneia do sono, problemas articulares, doenças cardiovasculares podem ser desencadeadas ou agravadas pelo excesso do peso, inclusive alguns tipos de cânceres como de útero, mama e intestino grosso podem estar diretamente associados a esse vilão do século XXI.

Visando a remissão das doenças associadas, diminuição do risco de mortalidade, aumento da longevidade e melhoria da qualidade de vida, a cirurgia bariátrica é um procedimento que tem crescido de maneira substancial nos últimos anos.  

REQUISITOS MÍNIMOS PARA CANDIDATOS À CIRURGIA

Primeiramente é preciso entender o conceito de índice de massa corpórea (IMC), calculado pela divisão do peso (em quilos) pela altura (em metros) elevada ao quadrado. 

Requisitos

  • IMC acima de 40; 
  • IMC entre 35 e 40, com alguma doença associada;
  • Tentativa de perda de peso sem sucesso por pelo menos 2 anos;
  • Obesidade estável por pelo menos 5 anos; 
  • Ter entre 16 e 70 anos.

ENTENDENDO SOBRE O MECANISMO DA CIRURGIA

Os procedimentos podem ser divididos de acordo com o mecanismo de funcionamento: os restritivos, que diminuem a quantidade de alimento que o estômago é capaz de comportar, exemplo: cirurgia de gastrectomia vertical, também conhecida por “Sleeve”.

Os disabsortivos, que reduzem a capacidade de absorção dos alimentos pelo intestino, e os de técnica mista, que possuem um componente restritivo e um pequeno componente disabsortivo, tendo no bypass gástrico seu maior expoente. Cirurgias que se utilizam de técnicas puramente disabsortivas não são liberadas pelo Conselho Federal de Medicina no Brasil, devido ao grande risco de desnutrição do paciente.

Escolhendo o procedimento

De maneira simplificada sugere-se a gastrectomia vertical para pacientes com obesidade, porém com IMC mais baixo, que não possuam diabetes de difícil controle e nem doença do refluxo gastroesofageano. Outra opção é o bypass gástrico, para pacientes obesos, com IMC alto e que necessitam de um melhor controle sobre o diabetes.

Na verdade, a escolha deverá ser individualizada, ponderada e orientada pelo seu cirurgião bariátrico, contudo o paciente deve entender que ele tem participação essencial nessa decisão.

O que é gastroenterite viral?

O que é gastroenterite viral?

A gastroenterite viral é uma infecção que pode causar diarreia e vômito. Ela ocorre quando o estômago e os intestinos de uma pessoa são infectados por um vírus. 

Tanto adultos como crianças podem contrair a gastroenterite viral. O contágio acontece através do contato com uma pessoa infectada ou com uma superfície com o vírus, ou por não lavar as mãos adequadamente depois.

Quais são os sintomas da gastroenterite 

 Diarreia e vômitos são os sintomas principais, que se não forem tratados de maneira eficaz, podem levar à desidratação, sendo que, nas crianças e em idosos, tais ocorrências podem ser graves.                                  

Outros sintomas prováveis:

  • Febre;
  • Dor de cabeça ou dores musculares;
  • Dor na barriga ou cólicas;
  • Perda de apetite.

Pessoas com gastroenterite viral precisam realizar exames?

Normalmente não precisa, sendo facilmente identificada pelo seu médico, mas em alguns casos é preciso realizar:

  • Exames de sangue;
  • Testes de urina;
  • Testes em uma amostra de evacuação.

Há algo que eu possa fazer sozinho?

Sim. Pessoas com gastroenterite viral precisam beber uma quantidade de líquidos suficiente para não ficarem desidratadas. Alguns líquidos são mais eficazes contra a desidratação, crianças mais velhas e adultos podem beber bebidas esportivas e água de coco, caso consigam ingerir por via oral.

O paciente com gastroenterite viral deve evitar beber suco ou refrigerante, que podem piorar a diarreia em alguns casos. A maioria das pessoas não precisam de tratamento específico, porque os sintomas desaparecerão por conta própria. Diminua a alimentação e, se tiver fome, é melhor comer carnes magras, frutas, legumes e pães integrais e cereais. Evite comer alimentos com muita gordura ou açúcar, o que pode agravar os sintomas.

Adultos com mais de 65 anos, com presença de febre, evacuações com sangue, diarreia e vômitos persistentes, dor abdominal intensa, vômitos de sangue, sinais de desidratação, não se automedique! Procure um médico.