O papel da alimentação no combate aos problemas no estômago

problemas no estômago

Quem nunca reclamou de uma queimação ou um incômodo estomacal depois de exagerar na alimentação do fim de semana? Sintomas como azia e queimação são muito comuns e fazem parte do vocabulário das pessoas, especialmente dos adultos. O cafezinho, a feijoada, a cervejinha… todos conhecemos bem o desconforto causado pela comida que não caiu bem. Mas, quando esses sinais tornam-se frequentes é preciso ficar alerta para doenças que podem prejudicar seriamente a nossa saúde.

Quando falamos em má alimentação, percebemos que depois dos 25 anos, o corpo começa a mudar. Você já deve ter notado que não tem mais facilidade para perder os quilinhos que ganhou em uma viagem ou as medidas extras acrescentadas em um fim de semana. A verdade é que os quilos a mais não são o problema principal que a má alimentação causa no organismo.

Além deles, os maus hábitos alimentares vêm acompanhados de colesterol alto, gastrite, má digestão e até problemas mais graves como refluxo e, em longo prazo, diabetes. Sair da linha de vez em quando – uma ou duas vezes por mês – não é problema, desde que uma alimentação saudável e exercícios físicos sejam parte constante da rotina.

Os problemas de estômago podem ser intensificados quando comemos alguns alimentos, como é o caso dos laticínios e alguns vegetais como brócolis e couve-flor. Deve-se evitar também alimentos gordurosos e ácidos que podem aumentar o suco gástrico do estômago, como é o caso da mexerica, laranja, abacaxi, vinagre e café.

Para um bom planejamento alimentar faça escolhas inteligentes:

 

GRUPO DAS FRUTAS – Consumir frutas regionais, da época, variar os tipos. Prefira sucos sem açúcar. Consumir frutas, quando possível, com casca e bagaço.

GRUPO DO LEGUMES E VERDURAS: Variar preparações cruas e cozidas. Cozinhar os alimentos com pouca água e no vapor. Preparar molhos naturais utilizando tomate e temperos frescos. Não se esquecer das folhas verdes-escuras

GRUPO CARNES E OVOS – Preferir carne magras, retire as gorduras aparentes e as peles das aves. Consumir peixe pelo menos uma vez por semana. Preferir ovos cozidos aos fritos. Optar pelas carnes assadas e grelhadas. É importante evitar alimentos embutidos como salsicha e linguiça.

GRUPO ÓLEOS E GORDURAS – Preferir azeite e óleos vegetais à gorduras animais.

GRUPO AÇÚCAR E DOCES – Usar pouco açúcar nas preparações culinárias e evitar adoçar bebidas como sucos, vitaminas, café e chá.

Lembre-se de sempre procurar orientação médica especializada. O gastroenterologista vai tratar melhor sua condição e tirar todas as dúvidas.

Endoscopia na gravidez, preciso me preocupar?

Endoscopia na gravidez

Antes de falarmos sobre a endoscopia durante a gravidez, precisamos entender o que é esse procedimento e como ele é realizado.

Então vamos lá, a endoscopia é um exame no qual um fino tubo, chamado endoscópio, é introduzido através da boca até ao estômago, para permitir observar as paredes de órgãos como o esôfago, o estômago e o início do intestino. Assim, é um exame muito utilizado para tentar identificar uma causa para algum desconforto abdominal que dura há muito tempo, com sintomas como dor, náusea, vômitos, queimação, refluxo ou dificuldade para engolir, por exemplo.

Como é o procedimento?

Durante o exame, a pessoa normalmente fica deitado de lado e coloca um anestésico na garganta, para diminuir a sensibilidade do local e facilitar a passagem do endoscópio. Devido ao uso do anestésico o exame não dói, e em alguns casos também podem ser usados sedativos para fazer o paciente relaxar e dormir.

Um pequeno tubo de plástico é colocado na boca para que ela se mantenha aberta durante todo o procedimento, e para facilitar a passagem do endoscópio e melhorar a visualização, o médico libera ar através do aparelho, o que depois de alguns minutos pode causar sensação de estômago cheio.

As imagens obtidas durante o exame podem ser gravadas, e durante o mesmo procedimento o médico pode retirar pólipos, colher material para biópsia ou aplicar medicamentos no local.

Posso fazer endoscopia se estiver grávida? Preciso me preocupar?

Quando indicado pelo/a médico/a, o exame de endoscopia pode ser realizado durante a gravidez, sim. E não precisa se preocupar, ele não é prejudicial ao bebê e nem leva riscos para a gestante.

Mas exige cuidados. A má administração de medicamentos sedativos, que, quando feita incorretamente, pode fazer mal ao feto. A presença de um anestesista é importante para assegurar a saúde de ambos. Além disso, o jejum deve ser respeitado à risca pela mãe, para evitar refluxos ou aspiração do conteúdo gástrico durante o procedimento, já que o útero estará ocupando uma grande parte da cavidade abdominal.

Como já dissemos, a endoscopia durante a gravidez, pode ser feita se tiver uma forte indicação, mas sempre que possível evitar no primeiro trimestre de gravidez, pela não segurança do uso das drogas de sedação neste período. Sempre fazer com monitoramento materno- fetal.

Concluindo

Se você estiver amamentando, espere pelo menos 4 hrs após o procedimento, depois deste tempo, esvazie o peito, e então pode começar a amamentação normal.

Conheça a H.Pylori, bactéria por trás de problemas no estômago

H.Pylori gastro clínica

O que é H.Pylori?

H.Pylori é uma bactéria que coloniza a mucosa gástrica dos seres humanos, desencadeando um processo inflamatório agudo e posteriormente, inflamação crônica, caracterizada como gastrite crônica. Mais da metade da população mundial é portadora desta bactéria, mas é distribuida de maneira desigual pela população, sendo mais comum em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. A grande maioria adquire na infância.

Mas é preciso voltar lá em 1982 para entender a história dessa bactéria. Os pesquisadores australianos Marshall e Warren conseguiram isolar bacilos gram negativos espiralados da mucosa gástrica, e comprovaram ser patogênicos e causas de gastrites, e posteriormente descoberta sua associação com câncer gástrico. Originalmente foi denominado GCLO (Gastric Campilobacter Like Organism) e posteriormente, recebeu nomes de Campylobacter pyloridis, C. pyloricus, C. pylori, e em 1989, o nome definitivo de Helicobacter Pylori.

Como se pega a H.Pylori?

Fatores que favorecem a transmissão na infância: elevada aglomeração de pessoas na mesma casa, ambientes insalubres, ausência de instalações sanitárias básicas, práticas de higiene inadequadas.

Acredita-se que a transmissão seja através da via oral,( boca – boca, feco- oral), podendo ser veiculadas em meio aquático, pois ela pode sobreviver em agua fresca, salgada, destilada e de torneira.

O diagnóstico

O diagnóstico da presença da bactéria H. Pylori pode ser feito com exames de sangue, teste respiratório, exame de fezes e endoscopia digestiva. A endoscopia digestiva permite avaliar não apenas o estômago, mas também o esôfago e a porção inicial do intestino, além da possibilidade de biópsia de lesões e detecção do tipo de bactéria presente no estômago.

Os sintomas da H.Pylori

A maioria das pessoas infectadas nunca terão qualquer tipo de sintomas. Não se sabe porque isso acontece. Os pesquisadores acreditam que algumas pessoas podem ter nascido com maior resistência aos efeitos nocivos do H. pylori.

Quando ocorre, os sintomas pela infecção pelo H. pylori podem ser:

– Uma dor chata ou queimação no seu abdome;
– Náuseas;
– Vômitos;
– Eructos (arrotos) frequentes;
– Estufamento;
– Perda de peso.

 

Diferentes doenças têm sido associadas ao H. Pylori, como gastrite crônica, úlcera
gastroduodenal, câncer de estômago e algumas extra digestivas como alterações hematológicas, cardiológicas, metabólicas e dermatológicas.

 

Embora a gastrite crônica seja considerada uma doença assintomática, mesmo quando
acentuada, suas manifestações (estufamento pós-alimentar, náuseas, vômitos e dor no
estômago, podem ser confundidas com outros processos, como doenças funcionais e DRGE.

A infecção pode ser prevenida?

Ninguém sabe com certeza como a infecção pelo H. pylori se dissemina, o que torna a prevenção difícil. Pesquisadores estão tentando desenvolver uma vacina para prevenir – e mesmo curar – a infecção pelo H. pylori. Para ajudar a prevenir a infecção algumas ações podem ser realizadas:

– Lavar suas mãos com sabão e água após usar o banheiro e antes de comer;
– Comer alimentos que tenham sido bem lavados e cozidos apropriadamente;
– Tomar água de uma fonte limpa e segura.

Se você está preocupado com a infecção pelo H. pylori ou pensa que possa estar em risco de um câncer de estômago, fale para o seu médico. Juntos vocês podem decidir se haverá benefício ou não na procura da bactéria.

O consumo adequado de frutas e vegetais parece reduzir o risco da incidência de câncer gástrico, mas a principal estratégia e erradicar o h pylori.

Procure um médico

Você deve procurar um médico especialista se notar qualquer sintoma ou sinal persistente que lhe preocupa. Procure imediatamente o médico se você tiver:

– Dor abdominal acentuada ou persistente;
– Dificuldade para engolir;
– Fezes sanguinolentas ou pretas como piche;
– Vômitos escuros ou que lembram grãos de café.

Como perceber se meu bebê tem intolerância a lactose?

bebê bebendo leite mamadeira - Gastroclínica

A intolerância à lactose atinge milhões de pessoas no mundo todo, pois são problemas que apresentam reações a partir do consumo de leite e derivados.

Os bebês, por exemplo, podem manifestar a intolerância à lactose ainda recém-nascidos. Nestes casos, sofrem com sintomas como diarreia. Para tornar mais rápida e fácil a detecção nos bebês, precisamos entender o que é a intolerância à lactose, quais os sintomas e qual é o tratamento.

O que é a intolerância à lactose?

A intolerância à lactose é uma sensibilidade alimentar não alérgica, no qual ocorre quando há a redução ou ausência da enzima lactase no organismo, em que é necessária para metabolizar o açúcar do leite (lactose). Quando a criança produz pouca lactase, esse carboidrato chega intacto ao intestino, fermenta e provoca diversos sintomas.

Como saber se o bebê tem alergia ao leite

Para identificar se o bebê tem alergia à proteína do leite de vaca, deve-se observar o aparecimento de sintomas após tomada do leite, que normalmente são vermelhidão e coceira na pele, vômitos fortes e diarreia.

Apesar de também poder surgir em adultos, a alergia ao leite normalmente inicia durante a infância, mas tende a desaparecer após os 4 anos de idade. Ao surgirem os sintomas, deve-se procurar o pediatra para ter o diagnóstico da doença e iniciar o tratamento para não prejudicar o crescimento da criança.

Sintomas da alergia

Dependendo da gravidade da alergia, os sintomas podem surgir minutos, horas ou dias após a ingestão de leite. Nos casos mais graves, até o contato com o cheiro do leite ou com produtos de cosmética que têm leite na composição podem fazer surgir os sintomas, que são:

– Vermelhidão e coceira na pele;
– Vômito em forma de jato;
– Diarreia;
– Fezes com presença de sangue;
– Prisão de ventre;
– Coceira ao redor da boca;
– Inchaço dos olhos e lábios;
– Tosse, chiado ou falta de ar.
– Como alergia à proteína do leite de vaca pode causar diminuição do crescimento devido à má alimentação, sendo importante procurar o médico na presença desses sintomas.

Tratamento

O tratamento da alergia ao leite de vaca é feito com a retirada do leite e de seus derivados da dieta, estando proibido também o consumo de alimentos que levam leite na receita, como biscoitos, bolos, pizzas, molhos e sobremesas.

O leite adequado para a criança tomar deve ser indicado pelo pediatra, pois deve ser um leite completo, mas sem apresentar a proteína do leite de vaca que causa alergia. Alguns exemplos de fórmulas lácteas indicadas para estes casos são Nan Soy, Pregomin, Aptamil e Alfaré. Veja qual o leite mais adaptado ao seu bebê.

Caso a fórmula que o bebê esteja tomando não seja completa, o pediatra deve indicar alguns suplementos que devem ser utilizados para evitar a deficiência de vitaminas ou minerais que podem causar doenças como Escorbuto, que é a falta de vitamina C, ou Beribéri, por falta de vitamina B, por exemplo.

 

Sempre procure um médico especialista para um acompanhamento profissional e que vai tratar com todo cuidado a condição do bebê.

7 remédios caseiros contra o refluxo que te indicam, mas não tratam o problema

alimentos para tratar o refluxo

Sabe aquela azia que você sente com frequência? Pode ser um sinal de refluxo. Mas acalme-se, esta é uma condição normal e que pode ser tratada com tranquilidade por médicos especialistas.

O que mais vemos nesse mundão chamado internet são receitas e práticas caseiras para tratar um problema que afeta uma grande parte da população mundial. Isso nos leva a inúmeros métodos que acabam sendo prejudiciais para o organismo, muitas vezes por falta de orientação adequada.

Mas antes de falar sobre o problema de tratamentos caseiros, vamos explicar direitinho o que é esse tal de refluxo.

O que é o refluxo?

O refluxo gastroesofágico, ou simplesmente refluxo, é o retorno do conteúdo do estômago para o esôfago e em direção à boca, causando dor e inflamação. Isso acontece quando o músculo que deveria impedir que o ácido do estômago saia do seu interior não funciona de forma adequada.

Mas como saber realmente se eu tenho refluxo?

O diagnóstico da doença do refluxo gastroesofágica é feito baseado nos sintomas e histórico apresentado pelo paciente, mas também pode ser complementada com exames, como:

  • Raio x, para observação dos movimentos do esôfago;
  • Medição do pH em 24h que relaciona os sintomas apresentados com alterações da acidez do suco gástrico para determinar o número de vezes que ocorre o refluxo;
  • Cintilografia de refluxo.

Tratar o refluxo com remédios caseiros pode ser uma fria

Bom, explicada a doença e como ela pode ser identificada, separamos alguns remédios caseiros que podem se transformar em um grande vilão no seu tratamento contra o refluxo. Apontamos que as alternativas não têm embasamento científico podendo não tratar, e, além disso, piorar as manifestações digestivas:

1. Água com limão

Água com limão -Gastroclínica

2. Chá de gengibre

chá de gengibre Gastroclínica3. Vinagre de maçã

vinagre de maça Gastroclínica

4. Chá de camomila

Chá de Camomila Gastroclínica

5. Suco de babosa

Chá de babosa Gastroclínica

6. Betaína

beterraba Gastroclínica

7.Mostarda

mostarda Gastroclínica

Resumido: Cuidado com o que lê por aí

Portanto, é preciso tomar muito cuidado com as informações que encontramos na internet. Mesmo com fontes aparentemente confiáveis devemos pontuar: Por mais que os remédios caseiros possam aliviar os sintomas, nenhum deles trata efetivamente o refluxo. Procure sempre fontes confiáveis, com suporte de médicos que entendem realmente do assunto e sempre recorra a especialistas que irão tratar corretamente a sua condição.