Com o aumento das preocupações com a saúde gástrica e o controle de peso, os adoçantes ganharam espaço nas dietas de quem deseja reduzir o consumo de açúcar. Mas será que eles são realmente inofensivos para o estômago e intestino?

Do ponto de vista calórico, os adoçantes podem ser aliados no controle glicêmico e na perda de peso. No entanto, quando o assunto é saúde digestiva, “zero açúcar” nem sempre significa zero impacto.

Diversos estudos mostram que alguns adoçantes podem interferir na microbiota intestinal, favorecendo desequilíbrios conhecidos como disbiose. Isso pode gerar desconfortos como gases, inchaço, distensão abdominal e alterações no ritmo intestinal. A Organização Mundial da Saúde (OMS) desaconselha o uso faz alertas sobre os riscos do uso prolongado de adoçantes.

Afinal, a digestão é um processo complexo, e tudo o que comemos, inclusive os adoçantes, pode influenciar a flora intestinal e o bom funcionamento gástrico.

Conheça os tipos mais comuns e seus efeitos no organismo

Sucralose: amplamente utilizada em produtos industrializados, a sucralose pode afetar negativamente as bactérias benéficas do intestino, prejudicando a flora intestinal ao longo do tempo.

Xilitol e Eritritol: são adoçantes do tipo poliol, geralmente bem tolerados em pequenas quantidades. No entanto, por serem fermentados no intestino, podem causar flatulência, cólicas e diarreia em pessoas mais sensíveis.

Stevia: por ser de origem natural, costuma ser considerada uma opção mais saudável. Porém, em quantidades elevadas, também pode impactar o equilíbrio intestinal e gerar desconforto digestivo.

É importante lembrar que cada organismo reage de forma diferente. Enquanto algumas pessoas toleram bem os adoçantes, outras podem apresentar sintomas gástricos ou intestinais mesmo com pequenas quantidades.

Equilíbrio, observação e orientação são fundamentais

Para quem busca melhorar a digestão e preservar a saúde gástrica, o ideal é observar como o corpo reage a determinados adoçantes e buscar o equilíbrio na dieta.

Sintomas como inchaço constante, gases excessivos ou alterações no hábito intestinal após o consumo de adoçantes são sinais de alerta. Nestes casos, vale reavaliar o uso e conversar com um especialista em gastroenterologia.

Além disso, a quantidade consumida diariamente é um fator determinante. Mesmo os adoçantes considerados mais seguros podem trazer prejuízos se usados em excesso.

Portanto, se você está em uma jornada de perda de peso ou apenas quer evitar o açúcar, lembre-se: menos pode ser mais, inclusive para o seu estômago.Em caso de dúvidas ou desconfortos gástricos persistentes, agende sua consulta na Gastro Clínica. Cuidar da sua digestão é parte essencial para viver com mais bem-estar e saúde.